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terça-feira, 28 de junho de 2016

Meu amor por Valparaíso-Chile


Acho que de toda minha viagem e de todos os lugares lindos que conheci, que não foram poucos, o que eu me lembro de estar mais feliz foi quando fui para o Chile e conheci uma cidade que li muito mal a respeito e foi  uma das que eu mais curti ir. Valparaíso. Conheci uma Valparaíso (conhecida como Valpo) que pelo jeito poucas pessoas conhecem, porque pelo o que li antes de ir para lá todo mundo gosta mais de Viña del Mar que é uma cidade pertinho (tipo 15 minutos uma da outra). 
E eu preferi mil vezes Valpo do que Viña. São cidades completamente diferentes uma da outra, cada uma tem seu charme, seu estilo, seu público. Viña é imponente, o lado turístico é bem rico, bonito, organizado, perfeitinho e limpo (não se engane, se você sair do turístico, vai encontrar um lugar feio e pobre, talvez seja por isso que eu não me encantei tanto com Viña, eu conheci além do lado bonito o lado triste da cidade, que provavelmente poucas brasileiros conhecem). E Valpo, bom Valpo já é pobre de natureza (modo de dizer), ela não se divide em bonito e feio, ele é uma coisa só (difícil de explicar), é uma cidade portuária, desorganizada e a quem diga até feiosa (tudo é relativo).


O que me encantou em Valpo foi a vida noturna, as pessoas, o ar de cidade artística. Ela é um museu a céu aberto, você respira arte e cultura. Mas o que fazer por lá? Não existe coisas especificas para se fazer, o ideal é andar pelos cerros da cidade, é lá que as coisas acontecem, sabe aquele lugar que o simples fato de andar sem ter para onde ir te possibilita muitas coisas? Valpo é isso! E é algo que curto muito!


Os cerros que mais gostei foram o cerro Alegre e o cerro Concepción que tem as famosas casinhas coloridas e os grafites mais legais. Pelo que andei vendo lá também é o melhor lugar para se hospedar, e aí que também está a grande diferença do meu encantamento, diferente de muitas pessoas eu passei mais de um dia por lá (duas noites), não fiz bate e volta. E acho que isso me deu tempo de me encantar, de conhecer os lugares escondidos. E te garanto quero voltar, porque faltou muita coisa para conhecer.



Algumas coisas que fizeram a diferença é que eu não peguei ascensor (elevadores) para chegar nos cerros, fiz tudo a pé e te garanto é super tranquilo (é como se fosse andar pelas ladeiras de Ouro Preto) e isso me possibilitou conhecer muitas coisas e explorar muitos lugares e a segunda coisa é que eu estava pobre e quando não temos dinheiro acabamos fazendo as coisas por conta própria e nos permitimos conhecer coisas que guias turísticos por exemplo não nos levariam e que se tivéssemos dinheiro não iriamos (tipo comer o que os locais comem, ir nos restaurantes não dos turistas, mas sim nos que os porteños (a galera que mora em Valpo) vão.



Valpo vai me deixar saudade. Fui feliz lá e se você for para o Chile, dê uma chance para Valpo também! É pertinho de Santiago (1h30) e tem ônibus que saí de 15 em 15 minutos do terminal Alameda (eu fui pela empresa turbus). 

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Cajón del Maipo- Embalse el Yeso (Chile)


Até hoje eu tento encontrar palavras para descrever o que foi a experiência de ir para o Cajón del Maipo no Embalse el Yeso no Chile pertinho de Santiago. Me senti uma formiguinha, um pontinho no meio do nada e a sensação foi inexplicável. Esse foi o único passei que fiz com guia durante os 47 dias que viajei e se um dia voltar para lá, vou querer ir sozinha por conta própria. Por quê? Achei tudo tão corrido, não sei se foi por causa da empresa que eu fui ou se foi implicância minha (a verdade é que quando você viaja sozinho perde o costume de viajar com guias). Eu queria ficar apreciando o momento, eu queria tirar fotos, eu queria tanta coisa, mas logo eu tinha que entrar na van porque o guia ficava apressando a gente. Mas por mais que eu tenha implicado, indico ir com uma empresa se você não conhece nada (porque não tem sinalização nenhuma).
O passeio durou quase uma tarde, buscaram a gente cedinho as 7 horas da manhã e saímos de lá umas 16 horas (cheguei em Santiago umas 18 horas). Dicas que eu dou é levar um casaco corta vento, porque quando você chega no Embalse, vai estar frio e ventando muito (isso porque fui no verão, imagina no inverno), a segunda dica é levar um lanche porque lá não tem nada, absolutamente nada!

O passeio começou parando numa cidadezinha (tipo uma vila) chamada San José del Maipo onde compramos bebidas e frutas, foi lá perto que paramos também num lugarzinho lindinho para comer empanadas que estava muito gostosas e que eram assadas em forno a lenha.




Depois disso fomos andando, passamos por um túnel muito escuro, quase me deu claustrofobia (isso porque não tenho medo de escuro) dizem as lendas que era um túnel onde se praticava tortura na ditadura chilena por conta de ser isolado de tudo e vetado de som,,, Após essa pequena aventurazinha, a primeira parada foi numa pequena cachoeira que segundo os guias, as águas que caem é água de degelo. Seguimos viagem paramos num lugar onde tinha algumas casas abandonadas que serviram de moradia para trabalhadores na época da construção do Embalse el Yeso, que hoje é a o principal responsável por abastecer a cidade de Santiago.



E depois fomos em direção ao último destino, o enorme e impressionante Embalse! Encantador e foi lá que senti que poxa não somos nada nesse mundão... Uma mistura das cordilheiras, com as águas do Embalse e uma paz inexplicável.



Gosto dessa foto de cima, que mostra as pessoas pequeninhas lá no fundo, dando para ter uma noção do quanto é uma imensidão sem tamanho...




Super recomendo o passeio, se você tiver em Santiago não deixe de fazer,  é mais ou menos 2 horas de viagem e tem várias empresas que fazem o trajeto (procure bem, se informem antes e pesquise preços). Outro detalhe importante, é que dependendo dá época não consegue-se chegar no lugar por conta da neve assim o passeio é recomendado apenas de novembro a maio).