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segunda-feira, 4 de maio de 2020

Feliz foi 2019...

Se eu tivesse escrito esse texto alguns meses atrás teria começado com Feliz 2020, era um ano que me parecia tão promissor, a começar pelo design dos números 20 e 20 em sequência. Passado alguns meses descobrimos que ele seria marcante, traria muitas rupturas, mas ao mesmo tempo dor e sacrifícios, isso porque fomos assolados por uma pandemia. 
Essa trouxe para o mundo um conjunto de sentimentos, inconstâncias entre outras sensações, estamos presos em nossas casas, em quarentena. Alguns há mais de um mês (me incluo nesse alguns) e outros estão trabalhando por aqueles que podem ficar em casa (inclusive gratidão há esses) e tem uma minoria também que foi enfeitiçada pela ignorância de um dos nossos governantes, infelizmente.
Já escrevi muito no meu diário sobre esse momento triste que o planeta está vivendo (inclusive resgatei meu rascunhos em papel e caneta há um tempo), revirei as entranhas, pari dores e ativei reflexões que estavam adormecidas nas profundezas do meu eu.
Engraçado que boa parte da minha vida, prezava pelo eco-centrismo, pela coletividade, pelo amor aos outros e a natureza, por uma sociedade mais justa e sustentável, enquanto eu estava ali lutando pela utopia que eu acreditava, tinha uma maré de pessoas remando no movimento contrário, no egocentrismo... Vivendo a loucura do capitalismo (na qual eu também participo, vide meu modo de vida agitado vivenciado nos últimos anos), na competição, no consumo desenfreado, na desconexão com a natureza. 
Ao viver nessa sociedade e tentando de alguma forma lutar para transformá-la me deixei adoecer, e adoecer metaforicamente, não fiquei doente física ou mentalmente, mas me sentia cansada, desgastada e sem forças para continuar, mesmo intuitivamente sabendo que precisava tomar folego, continuei, continuei firme, sem ceder. Eis que em final de 2018 eu morri, desmoronei por dentro, meu interior se desfaleceu, durante todo 2019 passei de alguma forma tentando me reerguer, em um processo que denominei de cura, e esse texto é sobre isso, é sobre 2019, sobre mim e não sobre os outros. 
Agora que estamos em meio há uma pandemia tive muito tempo para pensar, e comecei a refletir o quanto o ano que se passou foi importante para mim. Comecei  recusando 2 faculdades, essas que eu queria muito entrar e que tinha prestado vestibular com a intenção de cursá-las, mas entendi que se eu ingressasse em outra graduação não romperia o ciclo que vivia há anos; em seguida eu me formei em psicologia, um curso que durante 5 anos me trouxe milhares de sensações que variavam da euforia ao completo desespero. Resolvi continuar trabalhando em um lugar que tinha me acolhido também no ano anterior e que me causava múltiplos sentimentos, mas na maior parte positivos, afinal eu estava com pessoas maravilhosas ao meu redor e estar solitária nunca foi meu forte, esse lugar me deu confiança sobre quem eu era e sobre quem gostaria de ser e fazer. 
2019 também foi ano de viajar, e viajei muitas vezes. Já diziam que as viagens curam a alma...Foram momentos que me fizeram lidar com a minha própria companhia e com tudo que se instaurava dentro de mim. Duas dessas foram internacionais, carimbei meu passaporte com um selo do Equador e um do Peru, duas aventuras nas quais venci vários medos e minhas próprias limitações. Também conheci Itajubá em uma loucura bate e volta de 16 horas de ônibus, senti 3 vezes a brisa do mar em Ubatuba e revisitei São Paulo por mais duas vezes (e minha relação de amor e ódio por lá continuou intensa). 
Esse também foi o ano das oportunidades profissionais, compartilhei meu conhecimento em diferentes palestras para diferentes públicos, foi palestra sobre "Gestão de Pessoas no Terceiro Setor", "Processo seletivo para alunos de graduação", "Como elaborar projetos de carreira para empreendedores"; "Como prospectar comunidades e motivá-las",  entre outros temas, fiquei feliz em perceber que os conhecimentos que adquiri de alguma forma serviram para outras pessoas.
No meio do ano passei no mestrado, foram dias de incerteza , estudo e indecisão sobre o projeto que eu queria escrever, também no mesmo período conduzi vários projetos em educação no meu trabalho que me orgulho demais, conduzir uma área praticamente sozinha foi um aprendizado e tanto.
Por último, mas não menos importante fechei feridas que assolavam meu coração e me dei a oportunidade de viver uma nova história. 
Mas o mais importante desse ano, é que ele me permitiu amadurecer e descobrir que está tudo bem em não ter controle de todas as coisas. É possível viver fazendo menos, 2019 me preparou para desacelerar, me ensinou que isso era necessário, depois dele eu estava pronta para parar, respirar e dar espaço para o meu eu interior se recuperar. Esse "eu interior", inclusive parou de gritar por calma, porque estava decidida a dar a ele o que merecia,  respeito. Estava disposta a entrar em uma viagem individual que envolvia parar, adotar o egocentrismo de olhar para mim e para mais ninguém por um período, que preferi não determinar. 
2020 chegava e prometia poucos planos, porque eu queria ficar quieitinha e pela primeira vez em muitos anos eu estava disposta a cumprir minha promessa, e isso se devia ao fato de ter me preparado longamente para isso. 
Até que imprevisivelmente o mundo fez não só a Bianca desacelerar, mas também a maioria dos humanos que  habitam a terra, enquanto eu tentava de alguma forma adotar o egocentrismo para sobreviver, o planeta e uma pandemia se encarregaram de apresentar o eco-centrismo para a humanidade, o eco-centrismo e os seus princípios passou a estar presente no discursos de muitas pessoas que antes mal haviam parado para ouvir sobre ele. Não quero romantizar, longe disso, toda essa situação não é nem um pouco bonita e eu daria tudo para ela não estar acontecendo agora. 
Mas em um pensamento muito auto-centrado inclusive, não consigo deixar de pensar de uma forma mística sobre o fato das minhas entranhas saberem que eu ia ser obrigada a parar e que ela de alguma forma me preparou. Desacelerar em 2020 iria acontecer por bem ou por mal, o que não sabia era que a pausa não seria só comigo, mas com o mundo inteiro... Diante de todo esse colapso que sorte a minha ter ouvido as profundezas do meu eu e ter tentado passar 2019 me planejando para me isolar. 
Espero que minha cura termine junto com a pandemia, por que o planeta vai precisar de uma multidão para reerguê-lo e espero profundamente poder fazer parte disso, atualmente uma grande parte minha está fechada para balanço e estou tentando respeitá-la, enquanto uma outra está se contorcendo para não arregaçar as mangas já agora para fazer algo, uma vez que eu sei que esse momento exige muita mobilização e ação coordenada, porque os mais pobres sempre sofrem mais, inclusive durante uma pandemia. 
Feliz foi 2019 e espero que possa haver esperança em 2020 e que seu processo junguiano de individuação seja promissor, não só o seu, mas o do mundo!

*Escrito em começo de abril de 2020 em um dos dias de isolamento que eu já não me lembro qual.

quarta-feira, 16 de janeiro de 2019

As bolhas de sabão estouraram antes de 2019

2019 chegou como um trator, passando por cima de tudo e sem ao menos me dar tempo de assimilar 2018... Ainda não sei se isso é um bom sinal ou não. Se por um lado me ajudou a dar adeus a 2018, um ano interminável que me fez um mal enorme, tenho medo dele ter chego em um momento importuno não me dando espaço de assimilar o que aconteceu em 2018, e quando não refletimos sobre nossos erros e sentimentos damos margem para repeti-los, e tudo que não preciso é sofrer novamente. 
Falar de 2018 é muito difícil, ele foi intenso, isso não posso negar... Foi tudo tão insano, que não sei direito nem por onde começar. Como tudo na vida ele foi feito de momentos bons e ruins e ainda preciso assimilá-los para entender se os ganhos foram maiores que as perdas. Tiveram tantas coisas maravilhosas principalmente no primeiro semestre, terminei minha gestão na Enactus com muito sucesso, impacto, amizades e resultados; escrevi um capítulo de livro que foi publicado; comecei três estágios incríveis; aprendi milhares de coisas novas; me aproximei ainda mais da administração uma área do conhecimento que sempre tive vontade de entender melhor; conheci pessoas especiais tanto na vida pessoal como na vida profissional que me ensinaram muito; viajei para Fortaleza com amigos para o Encontro Nacional da Enactus Brasil, voltei para Jericoacoara lugar que tenho um carinho enorme,  continue participando de projetos sociais dos quais me orgulho muito, prestei vestibular de novo, me apaixonei. Mas 2018 também foi um ano de finalizações, de finalizar ciclos para iniciar outros, e no meio do caminho me vi me despedindo das coisas e das pessoas que mais me faziam felizes, me vi me despedindo de mim mesma e isso me custou um preço altíssimo do qual ainda estou pagando.  
Realizações, sucesso e conquistas exigem abdicações e sacrifícios, eu sempre soube disso, mas ainda não sei ao certo se abdiquei das coisas certas em prol do que conquistei, e pensar nisso me angustia muito e me dá vontade de chorar, acredito que o tempo me dirá se fiz as escolhas certas e se não fiz de qualquer forma eu terei aprendido.
Mas por que foi tão ruim? Foi ruim porque não me permiti me amar, me cuidar, respirar, valorizar o que estava construindo e comemorar minhas conquistas... Lembro de um determinado momento do ano colocar a cabeça no travesseiro e perguntar-me o que eu estava fazendo da minha vida, eu me doei para muita gente esse ano, mas me respeitei pouco, esqueci que meu tempo é valioso e que não adianta construir sem poder usufruir. Fiz rotinas intensas de trabalho e parei de me dedicar ao que gostava. Me despedi de forma abrupta de tudo que representava minha história, deixei a Enactus, o Roda de Saia, me despedi da Extensão em Bonfim, do PEIC, eu sabia que isso iria acontecer em algum momento, mas não sabia o impacto que isso teria na minha rotina. Além dos projetos, me afastei dos meus amigos sem perceber, me distanciei das pessoas que mais amava e nem percebi o que foi mais cruel ainda. Minha família também não estava em sua melhor fase e eu não pude dar a atenção da qual ela merecia, lembro de estar só de corpo presente nos cafés da minha avó e de um dia não comparecer em um porque estava tão exausta fisicamente e mentalmente que dormi (me senti péssima por isso). 
As vezes me pergunto se estou com uma percepção distorcida da realidade, odeio assumir para mim mesma que meu ano foi ruim, afinal 2016 e 2017 foram tão incríveis e nos últimos 3 anos venho reclamando que tenho pouco tempo, sempre fiz milhares de atividades simultaneamente, as pessoas me perguntavam como eu conseguia me dedicar a tantas coisas e fazê-las tão bem e eu nunca sabia explicar, só sabia que antes me sentia realizada e completa, mas não sei o que aconteceu que mudou meu estado de satisfação de 2016 e 2017 para angustia em 2018, afinal meu ritmo de vida continuava quase o mesmo e eu conquistei milhares de coisas. Qual foi então a diferença? Tenho algumas hipóteses, pode ter sido o cansaço acumulado dos outros anos, a pressão de ter que lidar com o fim da graduação e me deparar com o futuro (finalizações nunca são fáceis para mim), as eleições presidenciais, um coração partido devido um quase relacionamento conturbado para caralho ou o mais provável a junção de todas as opções anteriores. 
Dezembro fiquei extremamente introspectiva, analisando tudo que aconteceu, me dando conta de todas as coisas que ganhei e perdi. Lembrei que vivi momentos inesquecíveis no Ministério Público e no Assentamento com o projeto das fossas sustentáveis, que criei laços inexplicáveis e aprendi infinitamente no Supera e no Projete, que conheci pessoas maravilhosas, fortaleci algumas poucas amizades, criei oportunidades para minha trajetória profissional, amadureci, cresci muito no âmbito profissional e amoroso também. 
O saldo parece equilibrado, mas não me sinto satisfeita, estou me recuperando ainda, estou me curando de um coração despedaçado devido uma história que me colocou no buraco, de não poder estar com a minha família como gostaria, de por falta de tempo não conseguir estar com meus amigos que se despediram de mim com o fim da graduação, por não conseguir dizer "NÃO" para os outros e me colocar em primeiro lugar.
Estou aprendendo e isso é o suficiente para me manter em pé, eu que sempre fui resistente a abrir mão dos meus valores, me vi perdida deles. Faz três anos que venho prometendo desacelerar, olhar para mim, faz três anos que venho negando isso para mim mesma. Achei que 2019 ia ser diferente, mas me vejo atolada de coisas e ainda é janeiro, me sinto exausta, perturbada e com muito medo de repetir tudo de novo, mas uma tal de intuição insiste em me mostrar que esse não é o caminho. Não é atoa que ela me fez escrever esse texto. Seguimos firmes no propósito autocuidado para 2019. 

domingo, 25 de junho de 2017

A minha montanha russa


Sabe eu resolvi voltar... Podia ter postado algo que já anda pronto, mas preferi vir aqui e escrever algo aleatório mesmo... Minha vida tá tão corrida, mas eu não posso reclamar porque eu estou fazendo tantas coisas maravilhosas e eu ando tão feliz... Feliz entre aspas, porque têm semanas que são bem difíceis, porém acho que elas são consequência de estar sempre me desafiando, quem se desafia se depara com problemas e com cansaço (Assim espero)...
Semana passada eu tirei um tempo para mim, aproveitei o feriado e fui para São Paulo, engraçado isso, porque quem me acompanha sabe que eu tenho uma relação conflituosa com Sampa, pois bem, contrariando todas as minhas expectativas a cidade cosmopolita me fez bem. Eu me desprendi de tudo e de todos como a muito tempo não fazia, me senti leve. Difícil foi voltar para a realidade na segunda-feira. Aí sim o pesadelo me dominou, eu tenho esse sério problema, sofro absurdamente todo período em que volto para realidade, é assim todo começo de semestre pós férias e todo começo de aula pós feriado prolongado, isso me faz pensar que talvez eu não esteja na graduação certa, ou que talvez existisse algum lugar que eu não sei qual que estaria me fazendo mais feliz. 
Voltando segunda-feira, terça-feira e quarta foram dias horríveis, dias que eu queria fingir que não existia, que eu queria dormir e esquecer de tudo e de todos (mil trabalhos acumulados, provas e problemas para resolver), porém quinta-feira me senti em uma montanha russa, digo isso porque de uma tristeza profunda passei para uma alegria inexplicável.
Quinta eu tive atividades de todos os projetos importantes que eu participo, desde o projeto com crianças, o projeto com mulheres até a noite que eu dei aula. E essa quinta confusa e atolada de coisas boas me mostrou o quanto eu participo de projetos especiais, o quanto indiretamente eu mudo a vida de muitas pessoas e essas pessoas mudam completamente a minha também, e daí pensei que todo esse cansaço, as milhares de vezes que me sinto sobrecarregada, que eu não tenho tempo para nada valem a pena, porque eu deixo pessoas mais felizes e elas também me deixam.
Tem semanas que eu fico triste por não conseguir jantar com meus pais, por não conseguir dormir o quanto eu preciso, por tentar a mais de um mês marcar para cortar meu cabelo, mas não encontrar horário, de não poder ler meus livros de cabeceira, de não poder escrever e atualizar aqui, de meu quarto estar a maior bagunça e eu não ter tempo de arrumá-lo, de sair todos os dias as 7 horas da manhã e voltar só as 21, 22 horas para tomar banho, jantar, ler textos da faculdade e dormir. 
É sofrível? É, as vezes eu penso em desistir? Várias vezes, mas daí me lembro que estou aprendendo a ser uma pessoa melhor, que eu estou aprendendo a repartir, a liderar, a administrar, a ajudar pessoas que precisam e a mobilizar outras pessoas que podem ajudar aquelas que precisam, estou aprendendo a amar e a ensinar. E como presente eu recebo feedbacks maravilhosos do tipo recadinhos que eu sou uma boa professora ou que querem me colocar num potinho e levar para casa (Mano eu chorei de emoção com esses bilhetinhos dos meus alunos quinta-feira). Como eu posso parar de fazer as coisas que eu mais amo na vida? Como eu posso escolher um projeto para abandonar? Não tem como, eu amo todos igual e são eles que me fazem esquecer da graduação que muitas vezes é puro sofrimento, ela sim era o que deveria escolher largar... E talvez seja por isso que eu não escrevo mais aqui, que eu deixei de tomar café da manhã (eu sei isso é péssimo) ou que nos finais de semana eu hiberno de tanto cansaço. Tento pensar que essa fase não vai voltar e se eu não aproveitar agora, quando vou poder aproveitar? Então pessoas que me amam e que eu amo, tentam ter paciência comigo, por favor! Serão só mais 6 meses, 2018 já está chegando e com ele vem a calmaria, prometo!

domingo, 26 de fevereiro de 2017

Recomeçar, oh palavrinha difícil.

Recomeçar, oh palavrinha difícil. Essa semana eu perdi uma pasta de fotos e não foi qualquer pasta foi a pasta de hospedagem de imagens do blog que ficava salva no google fotos/ google drive/ picasa. Até agora eu não sei bem o que aconteceu e desencanei de tentar entender. Só sei que foi impossível recuperá-las e que TODAS as fotos do blog desde 2012 SUMIRAM, inclusive os layouts antigos que ficavam salvos nessa pasta também. 
Com essa perca pensei em desistir do blog, a princípio achei que era o destino me mandando uma mensagem, porque esse ano comecei a estagiar na faculdade e já vinha há um tempo pensando em desativar o blog por causa disso, mas não tinha coragem (infelizmente minha profissão exige um certo distanciamento e privacidade). Não é atoa que andei fazendo algumas alterações no meu perfil por exemplo... 
Pois bem como podem ver eu não desisti, estou aqui. Quando percebi que tinha perdido todas as fotos de imediato não fiz nada, pensei em chorar, mas sabia que nada iria adiantar, respirei fundo e segui em frente, porém dois dias depois ao abrir o blog descobri que todas as fotos tinham desaparecido e fiquei paralisada ao ver ele todo branco. Foi aí que a ficha caiu, senti dor, desidratei de tanto chorar, me permiti fazer drama mesmo sabendo que não ia adiantar nada! Foram 5 anos de história apagados e quem me conhece sabe que sou uma pessoa extremamente apegada a lembranças. Resolvi desistir, mas depois ponderando essa decisão percebi o quanto esse espaço é/foi importante para mim, queira ou não ele é parte da minha vida e perder as fotos me fez perceber isso. 
Não vou parar, ainda não sei direito o que vou fazer, devagar estou tentando voltar as fotos no lugar (é um trabalho exaustivo procurar e colocar foto por foto) além disso quando chegar em meados de 2014 eu provavelmente não vou ter mais backups das imagens, estou me esforçando para resgatar o máximo possível.
Com esse episódio aprendi algumas lições, inclusive percebi uma coisa importante, não tem porque esconder parte de mim e tampouco desistir e excluir tudo isso por causa dos meus estágios, afinal essa sou eu, tenho meus medos, inseguranças, dúvidas e opiniões como qualquer outra pessoa (sou humana) e além disso nem sei ainda se vou seguir a psicologia como profissão, é bem provável que não, então acredito que deixar de escrever é me precipitar sem necessidade. 
Esse texto era mais um desabafo e tinha como objetivo sinalizar que o blog está cheio de imagens faltando e que se alguém entrar por aqui e vê-lo assim entenda o que aconteceu. Estou recomeçando, não está sendo fácil, mas estou tentando e até que está sendo legal. 
Acho que esse texto pode ser um pouco motivacional/ auto ajuda também, recomeçar é sempre difícil mas ao mesmo tempo muitas vezes é necessário. Doí perceber que tudo na nossa vida é volátil, que podemos perder tudo em um piscar de olhos e que não temos controle sobre nada. Porém saber perder é um grande aprendizado, pelo menos esse episódio de perda me fez me sentir na primeira série aprendendo a escrever de letra cursiva, a gente quebra a cara, mas quando vê tá escrevendo tudo de novo e bonitinho. 

terça-feira, 7 de fevereiro de 2017

O que você compraria se ganhasse na loteria?


Esse é mais um post da Blogagem Coletiva! E gostei muito desse tema, porque desejo tantas coisas no mundo e o que desejamos diz muito do que somos, não é mesmo?
A primeira coisa que eu gostaria de compartilhar é que realmente não acredito em loteria! Você nunca vai me ver jogando na Mega Sena e de verdade não consigo me imaginar ficando rica da noite para o dia. Mas nada me impede de sonhar com vários itens que eu gostaria de ter caso eu ganhasse. Bom essa é a lista de itens que compraria.

1. Comprar uma fazenda/ Sítio/ Rancho: Meus pais gostam de terra, de natureza e de tranquilidade! Como eles me sustentaram a maior parte do tempo e sempre fizeram tudo por mim, acho que seria muito justo realizar um sonho deles. Apesar que eu estaria realizando um sonho meu também, porque gosto da ideia de ter uma casa de campo para passar as férias, finais de semana prolongados e afins. Além disso gosto de andar de cavalo, andar descalça na terra, comer verduras e frutas sem agrotóxico, dormir com o barulhinho de grilos, acordar com os galos cantando e respirar ar puro.

2. Comprar todos os livros que eu desejo: Aqui em casa temos um combinado que eu só posso comprar livros depois de vários meses pós lançamento que é quando eles já estão mais baratos (Esse combinado surgiu numa época que eu lia muito e meu pai comprava mais de 15 livros por mês para mim). Se eu fosse rica certamente compraria todos os livros que eu quisesse sem olhar preços. Inclusive me daria de presente o Livro Vermelho do Jung, que é meu sonho de consumo, mas sempre que penso em comprá-lo penso que posso gastar o dinheiro em uma passagem de avião.

3. Falando em avião, com certeza eu investiria boa parte do meu dinheiro em passagens áreas e itens para realizar viagens. Faria um mochilão pelo mundo sem tempo determinado para voltar (Não que eu precisasse de muito dinheiro para isso), mas com dinheiro não precisaria me preocupar com trabalhos e nem em economizar tendo que viver na miséria durante a viagem. 

4. Construir uma ONG: Esse é um dos meus projetos a longo prazo tendo ganhado na loteria ou não. Ter um lugarzinho especial para acolher crianças desse mundão que precisam de suporte, educação e amor. Iria querer uma casa recheada de espaços, com uma sala de leitura, uma brinquedoteca, uma horta, um espaço para brincadeiras ao ar livre, salas de tecnologia, salas de danças, um anfiteatro, uma área com cama elástica e muitas outras coisas. Além desse espaço ser uma ONG eu morro de vontade que também fosse um espaço de formação, educação e trocas de saberes, em que pessoas de diferentes classes, formações e realidades pudessem se reunir para workshops, cursos, reuniões e projetos criativos. 

5. Eu certamente compraria ações, para investir meu dinheiro e continuar ganhando mais ainda.

6. Investiria em um próprio negócio também. Talvez uma marca de roupas, sempre tive vontade de ter uma loja com as roupas que eu sempre quis ter, mas que tivessem uma produção própria, sustentável, consciente. Ah e acho que iria querer também lançar uma coleção de sapatos (Minha avó trabalhou em uma fábrica de sapatos quando solteira e existem vários modelos que ela costurava que eu gostaria de relançar, tipo uma coleção: Túnel do tempo).  

Tentei pensar em mais coisas, mas não consigo imaginar mais nada. Eu nunca fui muito ambiciosa e desde pequena meus pais me ensinaram a não dar muito valor a bens materiais. Talvez se eu ganhasse na loteria poderia ter uma vida mais luxuosa, gastar com coisas confortáveis e obter objetos de desejo (tipo um guarda-roupa com aquelas peças luxos que eu dou pin no pinterst ou uma internet com velocidade foda) seria bem bom, mas eu sei que independente disso, seria muito feliz sendo rica ou não, ao levar a sério a ideia de que sempre precisamos almejar o necessário para uma boa qualidade de vida e não os bens materiais que a mídia nos diz que precisamos. 

Essa postagem faz parte da Blogagem Coletiva do mês de fevereiro no qual os seguinte blogs estão participando:Sentimentos ApuradosBlog RadioativaBlog do Deivy, At daytime, crazy at night  e Shiny Bubbles 

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

O desejo de viajar!


Fiquei pensando esses dias de onde surgiu o desejo de viajar, da onde surgiu essa vontade louca que me domina ultimamente de querer sair conhecendo o mundo... E aí refletindo sobre tudo isso comecei a pensar que devo alguns agradecimentos a pessoas que influenciaram direta e indiretamente o que chamo de "processo de descobrir o que é a arte de viajar". 
Confesso que essa vontade é recente, nunca fui uma adolescente que se interessou pelo assunto, lembro que não cogitei nem um minuto em escolher uma festa de quinze anos no lugar de uma viagem para disney. Todos os meus colegas de ensino médio viajavam para o Estados Unidos nas férias (eu não tinha aquela vontade imensa de hoje para conhecer outros países) e eu não fui em nenhuma excursão que minha escola organizava. Ainda não sei ao certo quando foi que uma luzinha na minha cabeça se iluminou e eu quis desbravar o mundo e hoje agradeço muito por ela ter se acendido. 
Acredito que foi um processo, uma vontade que se iniciou sabe-se lá porque e foi tomando força ao longo dos anos sem que sequer eu percebesse. As vezes fico pensando se sempre tive esse desejo, mas ele estava inconsciente, adormecido, escondido e a vida fez com que o mesmo viesse a tona atualmente ou se simplesmente as experiências e pessoas ao meu redor foram me influenciando e me levando para essa realidade. Seja como for, existiram pessoas que lapidaram esse meu desejo, como se lapida diamantes contribuindo para essa vontade só aumentar. 
Que eu tenho consciência, as duas primeiras pessoas que contribuíram com esse processo foram duas meninas da qual nem conheço que foram numa Semana da Psicologia da qual participei e falaram sobre a experiência delas em ir para África fazer trabalho voluntário, lembro que na época as achei loucas e pensei o que se passava na cabeça de um brasileiro que saia do seu país para ajudar outras pessoas, sendo que aqui no Brasil, na minha própria cidade, mas especificamente no meu bairro tinha uma monte de gente que precisava de ajuda. Mesmo que na época eu não dei a mínima para o que elas falavam, hoje as agradeço, porque quando surgiu a oportunidade de fazer um voluntariado em outro país me lembrei delas e das coisas legais que elas contaram naquele dia.
Outra pessoa importantíssima nessa história foi uma colega que estudou comigo no primeiro ano da faculdade, se chama Carol (nunca mais ouvi sobre ela, não tenho notícias suas e ela mal sabe o quanto foi importante para mim), Carol foi uma pessoa corajosa, ela abandonou o curso de Psicologia na USP em 2014 para fazer um mochilão pelo Brasil e hoje refletindo admiro muito sua atitude. Mas lembro que quando descobri que ela tinha trancado o curso por causa disso, a achei louca, irresponsável, não só eu tive essa reação como vários outros amigos, mas mesmo assim no fundinho lembro de querer ter sua coragem e mais que isso de querer ser louca como ela, dar o foda-se e deixar tudo para trás. A quarta pessoa importante foi minha amiga Amanda da faculdade também, um dia, no começo de 2015, estávamos conversando sobre o ato da Carol e ela disse que jamais se imaginava fazendo aquilo, que ela queria se formar, arrumar um emprego e deixar para viajar nas férias. Parece bobo mas naquela hora uma coisa bateu na minha mente e eu só tive a certeza que não queria ser como a Amanda, fiquei muito confusa porque nessa época eu também não queria ser como a Carol (afinal eu como já disse a achava louca), mas foi a partir dessa conversa que algo se despertou em mim, era como se talvez eu precisasse me descobrir ou se pelo menos a minha opinião sobre a atitude da Carol começasse a mudar.
E eu comecei a me descobrir mesmo, porque no final do semestre de 2015 me inscrevi para apresentar trabalhos científicos em dois congressos em cidades diferentes (acho que foi o jeito que encontrei para viajar). Agora lembrando eu nem sei porque quis ir nos congressos, mas a vontade de ir em um deles foi tão espontânea, não tive nenhuma motivação específica, minha professora orientadora estava na sala dela falando do congresso e eu ouvi, fiquei interessada, entrei no google e resolvi que queria ir, fui perguntar para minha professora se era aberto para qualquer um e ela disse que eu podia apresentar se quisesse, não pensei duas vezes. Importante ressaltar que meus pais foram e ainda são figuras importantes nesse processo, eles nunca viajaram muito, mas sempre me incentivaram a viajar, então acho que eles também entram nessa lista.
Mas voltando a falar das viagens que aconteceram por causa dos congressos, não tem como eu descrever o quanto elas foram importantes para dar aquele empurrãozinho que faltava para eu descobrir que queria muito mesmo viajar. Eu descobri que o Brasil era muito grande, que tinha muita coisa para eu ver e que não queria morrer sem conhecer. 
A sétima pessoa que conheci eu não lembro o nome, participou e palestrou num encontro de educação que eu ajudei a organizar. Fiquei encantada pelo cara, sua palestra foi sobre uma volta pelo mundo que tinha feito e as experiência profissionais que ele adquiriu, lembro dele mostrando as fotos da sua viagem que envolveu desde a Amazônia até a Índia. Eu tinha acabado de chegar de Pirenópolis, tinha acabado de andar de avião pela primeira vez, várias coisas borbulhavam na minha cabeça e poxa ouvir que ele tinha dado uma volta ao mundo e que tinha sido maneiro, já não foi tão assustador quanto ouvir que a Carol ia dar uma volta pelo Brasil, não sei se eu já estava mais acostumada com a ideia, se estava contagiada porque tinha voltado de uma viagem e entendia um pouco o que era a sensação de se entregar a lugares desconhecidos ou se simplesmente me permiti a aceitar aquele ladinho meu que admirava as pessoas que viajavam. Sei que por algum motivo aquela palestra foi um divisor de águas na minha vida, já não tinha preconceito com quem largava tudo para viajar.
A oitava pessoa que contribuiu muito para o processo realmente se expandir foi a Lari, minha amiga também da faculdade, ela estava na AIESEC, e estava numa área responsável por enviar intercambistas para outros países e naquela coisa de precisar cumprir metas, ela me convenceu a ir conhecer um projeto (a Lari era muito marketeira), hoje só tenho agradecer a ela, primeiro por ser marketeira, por me dar ferramentas para algo que eu vinha querendo, mas não sabia como realizar (que era viajar para outro país) e segundo por junto comigo procurar países, projetos, cidades, documentos e me ajudar a concretizar uma viagem do qual nem sabia direito que eu desejava e que realizei. 
A nona pessoa que eu conheci e faz parte dessa história foi um belga que encontrei num hostel do Chile (ele se chamava Nicolas e não sei porque não trocamos contato...). O achei muito parecido comigo em vários aspectos e fazia 7 meses que o menino estava viajando pelo mundo, então pensei se ele pode por que eu não posso também? Me peguei falando, caramba quero ser como o Nicolas. E o milagre aconteceu, porque essa foi a primeira vez que aconteceu o movimento de deixar de simplesmente achar legal aquelas pessoas que viajavam o mundo para querer ser uma dessas pessoas que viajam o mundo. Brinco que faltava aquela tal de identificação sabe? Quando encontrei alguém parecido comigo que fazia isso, percebi que eu podia fazer também, idiota né?
Acho que a décima e não menos importante pessoa foi um personagem chamado Chris de um filme... Alguém aí já assistiu Na Natureza Selvagem? (Fiquei numa bad monstruosa depois de assistir). Lógico que eu diferente dele, não sou tão radical e não conseguiria me imaginar indo para um lugar para ficar completamente sozinha, pessoas são importantes para mim, como podem ver com esse texto. Mas hoje eu consigo entender o que motivava ele a viajar, o que motiva milhares de pessoas a colocar a mochila nas costas e mais que isso, hoje entendo porque o meu eu do passado achava que as pessoas que viajam eram loucas, era porque simplesmente nunca tinha tido a experiência de viajar antes e não sabia o que viajar proporciona para nós meros humanos.
Encerro aqui... Só queria terminar dizendo que esse texto era simplesmente para agradecer as pessoas que fizeram parte desse processo, tem tantas outras que também me ajudaram, me apoiaram e estiveram comigo que eu não citei aqui, mas sou profundamente grata. Valeu pessoas! E agora vamos programar nossa próxima viagem por favor!

sábado, 21 de janeiro de 2017

Viagens: Meu muito obrigada a Jericoacoara (Em fotos)


Em outubro eu fiquei quase 15 dias viajando... Mas Bianca e a faculdade? As viagens aconteceram por causa da faculdade, na verdade foi ela que deu aquele empurrãozinho sabe? Fui em dois congressos, um seguido do outro, na verdade foi uma dobradinha não pré meditada que acabou acontecendo... Um tempo atrás eu descobri que eu poderia utilizar congressos acadêmicos como pretexto para viajar (Se você faz faculdade e nunca foi em um congresso, não perca a oportunidade de ir, eles foram os que mais me ensinaram durante a graduação, além de ser o lugar que te possibilita conhecer os caras fodas especialistas que você costuma ler e estudar na faculdade durante as aulas)... Deixando o pretexto de lado, fiquei uma semana no Rio de Janeiro, no interior (Numa cidadezinha fim de mundo chamada Seropédica que tem a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro), além disso passei 3 dias no Rio de Janeiro (Minha primeira vez por lá) e do Rio fui direto para Fortaleza, em Fortaleza também fiquei uma semana e de lá fiz minhas malas (Meu mochilão na verdade) e aproveitei que estava no nordeste (Minha primeira vez também) para conhecer Canoa Quebrada e Jericoacoara. Conhecer Jericoacoara era um sonho, eu tinha certeza que iria para lá de qualquer jeito, com meus amigos ou não. Por que estou contando tudo isso? Porque Jericoacoara foi muito especial. Meus amigos voltaram de Fortaleza para Ribeirão Preto e eu fiquei em Jericoacoara sozinha. E sabe aquele friozinho na barriga? Pois bem, eu fiquei meses em dúvida se eu adiantava minhas passagens para voltar com os meus amigos ou se eu encarava e ia sozinha mesmo e realizava um sonho... Por fim fui sozinha mesmo e meu Deus foi a melhor coisa que eu fiz na minha vida (Não que eu queria ir sozinha, se meus amigos tivessem comigo eu teria ficado tão feliz quanto) o fato é que não deixei de fazer algo que eu queria muito por falta de companhia e me orgulho muito por ter conseguido.


Jeri foi o primeiro lugar que fui só eu e minha mochila, não tinha ninguém para poder contar, não tinha empresa de viagem e não tinha ninguém me esperando. Era eu por mim mesma, engraçado isso porque quando fui para a Argentina era eu por mim mesma também, não conhecia ninguém e nem sabia onde ia ficar, mas sabe quando as coisas eram diferentes? Tinha alguém me esperando lá mesmo que eu não conhecia, eu tinha um objetivo que era trabalhar em uma ONG e sabia que ia conhecer outros intercambistas que estariam na mesma que eu... Jeri não tinha nada disso! As situações eram diferentes e não consigo me decidir qual que senti mais medo e insegurança... O fato é que se eu não tivesse ido para Argentina certamente não teria coragem de ter ficado em Jeri completamente sozinha, acho que uma experiência levou a outra, ou melhor a Argentina me possibilitou amadurecer o suficiente para conseguir tomar a decisão de ficar sozinha em Jeri.


E sério Jeri é mágica, aquela vila é maravilhosa e tem uma certa magia e energia que é inexplicável, talvez tenha a ver com minha vibe no momento, mas desconfio que todo mundo que estava por lá estava sintonizado na mesma estação que eu. Por mais que tenha ido sozinha não me senti assim em momento nenhum, fiz várias amizades, conheci gente super alto astral, tive conversas filosóficas, treinei meu inglês e me senti rodeada de pessoas good vibes.



Percebi que tem muita mulher que viaja sozinha sim e que quando se encontram elas se unem. Fiquei num hostel muito legal e me senti tão aliviada quando entrei no quarto e vi que iria dividi-lo com 5 meninas com histórias de vida parecidas com a minha e ao mesmo tempo completamente diferentes. Foi instantâneo nos abraçamos como irmãs e não nos desgrudamos mais... Quem via achava que nos conhecíamos de longa data. E foi tão mágico! Nunca vou esquecer do pôr do sol que vimos todas juntas, das risadas, dos crepes franceses que comemos, da Jeri noturna, dos gringos que fizemos amizades, dos banhos de mar e de poder ser quem eu quisesse ser...



Voltei de lá renovada e com a certeza que sou mais forte do que imagino, que posso fazer coisas que dizem que eu não posso e descobri que muitas vezes somos nós mesmos que nos limitamos por medo, insegurança e por não acreditarmos que somos capazes. Por pouco eu não fiz minha mala e voltei com meus amigos, por pouco eu não conheci a Jeri noturna, quase que a insegurança e o medo me venceram e foi tão bom poder me libertar dos dois e dar uma chance para mim mesma...
  


Obrigada Jeri, por me mostrar que posso mochilar e mais que isso por ter feito uma pequena revolução dentro do meu ser! Já quero voltar para você <3

quinta-feira, 29 de dezembro de 2016

A lista: Tchau 2016!


Falta menos de 3 dias para terminar 2016 e começar 2017... Eu não sou muito fã de final de ano, mas lembrei que ano passado eu fiz um post aqui no blog com uma lista de projetos para 2016 e agora que o ano realmente está indo embora, resolvi reler a postagem e ver se eu consegui cumprir minhas metas e objetivos! E não é que eu fiquei bem feliz com o conquistado? Muitas coisas aconteceram que eu nunca imaginei que fosse conseguir realizar nesses 10 meses e das 10 metas cumpri quase 8, o que me deixou completamente feliz (80% é muita porcentagem minha gente). Então resolvi colocar aqui um pouquinho dos meus objetivos desde os cumpridos até os não cumpridos.

1° Fazer alguma atividade física.  NÃO CUMPRIDO
Mais um ano de sedentarismo para a lista, não fiz absolutamente nada, não me orgulho disso, mas sabia que isso poderia acontecer afinal já tinha consciência que seria uma das primeiras coisas que eu deixaria de fazer para sobrar tempo para outras coisas que acaba, sendo minhas prioridades. Quem sabe essa realidade não mude em 2017 né? Ainda sinto falta da natação...

2° Voltar estudar línguas.  CUMPRIDO
Uma das coisas que mais me deixou feliz foi poder estudar uma língua que eu realmente queria e não simplesmente por obrigação! Diferente do que eu imaginava não voltei a fazer inglês mas sim espanhol! Me sinto realizada em poder estudar e é uma forma de eu continuar praticando o que aprendi na Argentina!

3° Ir no médico com uma frequência regular. CUMPRIDO
Eu fiquei doente esse ano, o que é bizarro porque fazia muito tempo que eu não passava mal, tipo uns 5 anos. Tive que tomar soro pela primeira vez e acho que isso me fez tomar vergonha na cara e ir nos meus médicos de forma regular para fazer exames de rotina e deixar minha mãe feliz!

4° Usar menos lentes de contato e mais óculos. CUMPRIDO PARCIALMENTE 
Reduzi a quantidade de tempo que passo com lentes de contato, mas ainda estou num movimento de aceitação em ir de óculos na faculdade ao invés de lentes, mas esse ano comecei a trabalhar melhor com minha auto confiança e consegui ir alguns dias sem me preocupar tanto.

5° Viajar mais. CUMPRIDO
Acho que foi o ano que mais viajei na minha vida! Não fui em nenhuma cachoeira como eu queria, mas conheci 3 países, viajei pela primeira vez para o Nordeste, turistei por São Paulo e Rio de Janeiro. E mais que isso consegui realizar uma viagem internacional com toda a minha família como eu sonhava!

6° Realizar/ participar de um novo projeto social do qual ainda não faço parte. CUMPRIDO
Eu achava isso meio impossível porque na época eu já participava de um Grupo de Apoio Psicológico, já fazia parte de um Cursinho Popular e já coordenava um grupo de jovens. Mas tanta coisa linda aconteceu e as minhas atividades sociais duplicaram para minha felicidade, eu ainda nem sei como consegui arrumar tempo para tudo, só sei que passei a Coordenar um projeto de capacitação de adultos carentes, comecei a promover uma roda de empoderamento feminino em uma ocupação do Movimento do sem Teto, fiquei por um período na AIESEC contatando ONGS que queriam receber intercambistas e por fim comecei um projeto de extensão junto com amigos para trabalhar com crianças num núcleo de Crianças e Adolescentes no contra turno da escola.  Ufa foi muitas horas, projetos, energia dedicadas a outras pessoas, foi o ano que mais me doei, mas também mais recebi! Aprendi tanto que nem tenho como agradecer, sou eternamente grata porque foi graças aos trabalhos e as pessoas que conheci que consegui me encontrar comigo mesma e perceber que estou no caminho certo e que talvez eu nasci mesmo para fazer psicologia.

7° Atualizar o blog.  CUMPRIDO 
Estou bem contente com as atualizações que eu fiz esse ano, não foram atualizações constantes como os blogueiros de plantão realizam, mas foram as atualizações necessárias. Já aprendi que isso é um hobbie e que não tenho muita intenção de viver refém daqui, mas que as postagens sejam apenas uma válvula de escape.

8° Defender minha monografia e publicar um artigo. CUMPRIDO PARCIALMENTE
Defendi minha monografia, nem acredito! Amém! Eu não aguentava mais e agora estou pronta para estudar novos assuntos do meu interesse! Em contra partida não escrevi meu artigo ainda, porém espero que consiga escrevê-lo até o final das férias!

9° Ler mais, sair mais e dormir menos. CUMPRIDO
Eu tive que aprender a acordar cedo nos sábados por causa que meu espanhol era de manhã e nos domingos também porque por um longo período eu tinha reuniões da AIESEC, até que eu resolvi dar uma folga para mim e sai da AIESEC para poder me dedicar mais a outros projetos que eram mais significativos para mim e de brinde passei a conseguir dormir até mais tarde no domingo. Com o tempo que ganhei em dormir menos eu consegui aumentar um pouco o nível das minhas leituras comparadas com ano passado (Não muito) e com certeza saí mais, mesmo estando esgotada de cansaço na maioria dos rolês.

10° Tirar carta.  NÃO CUMPRIDO
Cadê o tempo? Mas uma vozinha na minha cabeça me diz que de 2017 não passará!

Bom, essas foram as metas de 2016, é legal vê-las e pensar o quanto amadureci realizando ou tentando realizar cada uma delas. Acho que se eu quisesse conseguiria fazer com que cada item virasse uma única postagem... Agora ando pensando nas metas de 2017, gostei dessa coisa de fazer lista, mas parece que não quero me cobrar tanto para o próximo ano, então talvez nem role planos tão sistematizados, estou ainda me resolvendo...

segunda-feira, 21 de novembro de 2016

Turbilhão em bolhas de sabão...


Minha cabeça está um turbilhão (me pergunto porque vou escrever tudo isso aqui. Se eu estivesse escrevendo em um diário certamente esse seria um dos textos desabafos de lá, mas faz 8 meses que parei de escrever  e agora por força do hábito resolvi escrever aqui o que escreveria lá, não sei se é uma boa ideia, primeiro porque provavelmente eu não vou publicar e a segunda é porque tenho a sensação que ao escrever no diário estaria guardado para todo sempre e aqui não, o virtual é tão mutável e tão mais fácil de se perder, só eu tenho essa sensação? As vezes tenho vontade de ler conversas que tive por MSN e não tenho mais o histórico, daí penso que se eu trocasse cartas não teria esse problema, ou teria porque provavelmente só teria as cartas recebidas e não as escritas... devaneios,.. te pediria desculpas por eles, mas esse texto é só para mim mesmo, então não vou pedir...) 
Sobre o turbilhão, não sei o que aconteceu, mas um tsunami passou por aqui durante um dia(zinho) comum, que tinha tudo para ser um dia como qualquer outro e não foi... E desde aquele dia as coisas se transformaram em uma grande catástrofe... Está tudo quebrado dentro de mim, devastado, machucado e agora é como se eu tivesse decretado estado de emergência e precisasse levantar, limpar os entulhos e me reconstruir. (Porque é tão difícil escolher? Tomar um decisão e não outra é sempre um grande problema na minha vida... Eu nunca gostei de perder oportunidades, eu quero agarrar o mundo e talvez seja por isso que é tão complicado para mim ter que optar por uma coisa ou outra... Devaneios de novo)
Nesse nevoeiro de segredos revelados, histórias nunca antes ditas, situações que eu não sei lidar, a angustia me pegou de uma tal maneira e eu percebi que preciso me reinventar, fico pensando como uma história de outra pessoa totalmente alheia a gente pode repercutir tanto em nossa vida? As histórias de pacientes, amigos, família, todas elas se misturaram numa só semana e eu me vi nessas histórias de uma forma tão absurda que entrei num estado de calamidade, acho que agora entendo porque dizem que psicólogos tem que fazer terapia, lidar com os problemas dos outros não é nada fácil, eles te consomem, você se identifica, sofre e muitas vezes o problema do outro afeta a sua vida de uma forma que você não tem o menor controle, pelo menos é o que está acontecendo comigo nesses últimos dias... Um segredo de alguém, me fez descobrir um segredo de outro alguém importante para mim, esse segredo de outro alguém repercutiu na minha vida de uma tal maneira que agora muitos pontos fazem sentido, porém eu não estou sabendo digeri-los... Paralelo a isso o destino me fez assistir um filme super problemático que me deixou mais estabilizada ainda, juntando tudo isso tive um insght da minha própria vida fazendo supervisão de um caso clínico de uma paciente e juntando tudo isso tenho duas decisões importantes para tomar, preciso decidir quais estágios vou querer fazer ano que vem e preciso tomar vergonha na cara e dar uma resposta para outra pessoa que devo uma satisfação... Isso seria muito pouco se junto ainda não tivesse uma infinidade de problemas para serem resolvidos no projeto social do qual eu participo (que resolveu dar tudo errado nessas duas últimas semanas) ou se eu não estivesse em fim de semestre com mil trabalhos para entregar,incluindo a defesa da minha monografia e um trabalho assustador sobre abuso e violência doméstica em uma criança (que me faz chorar todas as vezes que penso nele)...
A resposta é meio obvia, em meio a essa maré de problemas, acaba que só resolvo os problemas dos outros e os meus ficam estagnados,  eu mal tenho tempo para parar, respirar e decidir o que fazer, fico sempre em segundo plano e enquanto estou estagnada aqui, os sentimentos estão virando grande bolhas, bolhas que poderiam ser leves como bolhas de sabão, mas essas não são, elas são de chumbo, ou melhor são ácidas, me corroem de pouquinho em pouquinho, me machucam, me causam dor, me assustam, me amedrontam... Mas acho que elas são importantes para me fazer crescer, me fortalecer... 
Depois de ler o que escrevi até aqui, cheguei a uma única conclusão: Resolvi desacelerar, respirar fundo e manter a fé nessa vida e nessa Bianca que está se constituindo em meio ao caos, porque parece que não mas depois de toda tempestade vem a calmaria não vem? Sempre soube que escrever é terapêutico, me sinto bem melhor agora... 

segunda-feira, 19 de setembro de 2016

Não existe amor em SP


Eu passei uma semana em São Paulo, já tinha ido para lá, mas nunca para conhecer a cidade realmente, sempre tive uma ideia romantizada da grande metrópole, a cidade cultural, cheia de possibilidades e histórias, recheada de pessoas e lugares. Mas não foi essa cidade que conheci, São Paulo me causou um conjunto de sentimentos contraditórios que beiraram da angustia ao desespero. Não quero negar que existe um lugar bonito, cheio de manifestações culturais geniais, que existem pessoas que se amam e oportunidades únicas, não quero que ninguém me massacre e me julgue por eu dizer que não gostei de SP, enxerguei o belo que existe lá, mas ele não foi suficiente para mim. Mesmo sabendo de todas as coisas boas, as coisas ruins não me permitiram deixar de lado, as sensações obscuras que tive nesses 7 dias. As pessoas correndo como robozinhos no metro, se empurrando, olhando para os pés, aquela não troca de olhar, homens e mulheres se movimentando no automático, quase sempre com pressa. Os mendigos na rua, a pobreza disparada, deixada ali a olho nu e cru para qualquer um ver e no meio disso as ilhas perdidas (bairros e ruas exclusivas) que afastam essa pobreza, a contradição, a desigualdade que tenta soar de forma invisível. As pessoas se acostumaram com crianças pedindo dinheiro, com a correria da vida, com andar mecanicamente pelos mesmos lugares, em aguentar trafego constante ou aturar 2 horas no transporte público para trabalhar ou para voltar a noite cansado para casa. Todos meus amigos me disseram que era falta de costume, que eu precisava de um tempo de adaptação, mas isso era o que não queria, fiquei com medo de realmente me acostumar com tudo aquilo  que eu acho triste e errado, fiquei aborrecida em perceber que certamente se eu passasse ali mais tempo eu iria normalizar tudo aquilo que pareceu assustador aos meus olhos. Nunca na minha vida uma música fez tanto sentido, até essa semana não tinha levado a sério o Criolo com sua música " Não existe amor em SP", mas na minha cabeça ela é a maior definição de São Paulo, é um retrato fiel do que eu senti ao pisar lá, foi a trilha sonora dessa minha experiência.
Saí de São Paulo satisfeita, não por causa de toda a pobreza que vislumbrei, nem por causa de toda a cultura que adquiri, mas sim pela a viagem de autoconhecimento que a experiência me proporcionou, descobri algumas coisas que eu não sabia sobre mim mesma. Não tenho perfil para morar numa metrópole, sou mais sensível do que imagino e agora sei mais sobre mim, sobre meus roteiros de viagem e tudo isso me possibilitou também uma viagem interior, que me mostrou sentimentos, sensações e vontades antes não exploradas. 
SP valeu apena, na cidade pode não existir amor, mas em todos os dias que fiquei lá existiu amor dos meus amigos. Fiquei com pessoas incríveis, visitei lugares únicos e matei a saudade de amigas especiais que fizeram do meu intercâmbio no começo do ano, um grande sonho.  
Ficou uma única dúvida: Será Criolo que "não precisa sofrer para saber o que é melhor para você"?

sábado, 20 de agosto de 2016

Um insight sobre relacionamentos


Hoje eu tive um insight tão grande que ainda estou com dor no coração de pensar nele. Antes de hoje acreditava que insights seriam sempre bons, porém nem sempre são, o exemplo disso é a história que vou contar.
Quem me conhece sabe que um dos meus maiores sonhos é ser mãe, ter uma família feliz e por mais que deseje muito isso sou aquela pessoa bem de boa, que está vivendo a vida sozinha e que quer abraçar o mundo inteiro nos próximos anos. Tenho uma série de planos do qual envolve mudar de cidade, fazer um mestrado em outro lugar, viajar o mundo, morar por um tempo em outro país, talvez fazer outra faculdade, conhecer diferentes pessoas e por aí vai. E enquanto estou pensando/planejando/querendo tudo isso, a maior parte dos meus amigos começaram a namorar, estão fazendo planos para casar, pensando no emprego que vão ter, muitas vezes pelo resto de suas vidas. E tento a todo momento não me sentir deslocada, mas as vezes é inevitável e acabo me sentindo. Uma das coisas que mais me incomodava nos últimos anos era estar sozinha, engraçado pensar nisso agora, demorei um bom tempo para conseguir assumir isso para mim, talvez eu quisesse estar com alguém porque todas as minhas amigas estavam, porque cresci ouvindo contos de fadas, minha família sempre teve relacionamentos perfeitos para me inspirar ou mesmo porque sempre tive o desejo de casar e ter filhos. De um tempo para cá essa vontade passou, acho que as vezes ela continua dentro de mim, mas outras coisas passaram a ser mais importantes e acredito que ela deixou de ser a prioritária. Sempre disse que estava bem e feliz sozinha, muitas vezes foi da boca para fora, mas desde o final do ano passado digo isso de verdade, nunca fui tão sincera na minha vida. 
Mas voltando ao insight, ele aconteceu hoje, mas o que lhe desencadeou foi uma série de acontecimentos dessa semana. O primeiro foi um amigo que me surpreendeu perguntando se não podíamos ser mais que amigos, fiquei chocada/surpreendida e até agora tenho vontade de rir/chorar. O segundo foi uma amiga me falando uma coisa que nunca ninguém tinha falado para mim e que me fez me enxergar de outra forma. Eu e ela estávamos escrevendo sobre o futuro amoroso dos nossos amigos (tipo uma aposta, sobre o caminho que cada um seguiria), daí no final eu fiquei de falar sobre o que pensava sobre ela e a mesma ficou de escrever sobre meu futuro. Eis que ela me diz que me imagina me estabilizando profissionalmente primeiro, tendo minha casa, dinheiro, viagens e títulos (obrigada por incentivar minha carreira acadêmica) e só depois pensando em namorar/conhecer alguém para constituir uma família ("Bia te acho tão independente, que não consigo te imaginar com alguém tão cedo, porque parece que não, mas quando estamos com alguém temos que abdicar de algumas coisas e não consigo te imaginar assim"). Caramba fez todo sentindo do mundo na minha cabeça e eu nunca tinha refletido sobre isso. No primeiro momento isso parece ótimo né? Mas várias coisas estão passando na minha cabeça depois disso. Primeiro que eu podia dar uma chance para o meu amigo, mas não consigo por n motivos, um deles é justamente minhas prioridades agora serem outras, segundo minha amiga me mostrou uma lado meu que nem eu conhecia, mas parece bem verdadeiro.
Sempre quis estar com alguém, mas como vou estar com alguém querendo mudar de cidade, viajando o mundo sem internet, conhecendo novas pessoas, me apaixonando e desapaixonando por desconhecidos? Eu nunca tinha pensando antes que meus planos são egoístas, não egoístas no sentido negativo, mas por estar sozinha tracei planos que não englobavam mais ninguém além de mim e agora não quero me abdicar deles ou englobar outra pessoa, é como se não houvesse espaço, ou mais que isso é como se eu não quisesse fornecer esse espaço. No momento eu posso tomar minhas decisões sem pensar em mais ninguém, mas se tivesse uma pessoa nessa história, eu  não poderia. E o insight foi esse, caramba eu tenho dois desejos incongruentes, eu tenho vontade de estar com alguém, mas tem muitas coisas que eu quero fazer e que esse alguém não terá lugar. Eu nunca tinha pensado nisso, até o presente momento.
Eu sei que dá sim para estar com alguém que possa te acompanhar em todas as viagens/escolhas/aventuras que a vida te dá, a única questão é que talvez minhas aventuras/viagens/escolhas não foram pensadas para serem dividas com alguém e assim se eu tiver que dividir, um dos dois vai sair perdendo. A maior questão é que no presente momento não quero repartir minha independência e se não quero isso, não tem porque eu querer estar com alguém, antes de me resolver comigo mesma. Daí veio o insight para eu fechar a questão. Não tenho mais desejos incongruentes, porque um passou por cima do outro. Só quero ser feliz, e sei que consigo isso sozinha ou acompanhada, mas no momento minha felicidade é alcançar meus planos e para isso provavelmente estarei sozinha, deve ser porque tenho uma necessidade louca de provar para mim que sou mais forte do que acho e que consigo fazer as coisas sozinha. Preciso provar para mim mesma antes de tudo que sou dona de mim. (Assim minha amiga provavelmente vai acertar na sua profecia).

P.S.: Duas coisas importantes, publicar esse texto foi muito difícil, primeiro porque eu dificilmente falo sobre meus relacionamentos principalmente para pessoas que não são muito muito próximas de mim. A outra coisa importante é que eu adoro essa foto, tirei na praça do Por do Sol em São Paulo e enquanto estava vendo esse cenário pensei que eu poderia ser qualquer uma das duas mulheres da foto, mas que no momento eu preferia ser eu mesmo hahaha 

quarta-feira, 22 de junho de 2016

Eu fui no João Rock: Até que enfim!


João Rock. Multidão. Eu tenho medo de multidão. Medo não seria a palavra mais apropriada, talvez fobia se enquadrasse melhor. Enfrentei o medo. Comprei meu ingresso meses antes. Quase desisti de ir por conta do final de semestre com os milhares trabalhos que tinha que entregar. Mas fui. Fui com medo de me sentir mal por causa da aglomeração das pessoas, sabendo que ficaria madrugadas inteiras estudando para recuperar o final de semana perdido. E não é que rolou? Foi um dos melhores shows da minha vida. Me diverti muito mesmo! Cantei, gritei, dei risada, pulei, aproveitei, curti e passei frio! Mas valeu cada segundo e já quero ir de novo! Cada show me marcou de uma forma, cada música me retomou uma lembrança, foi um festival que me possibilitou rever os fantasmas, colocar ponto final em algumas histórias, seguir em frente. Como um conjunto de shows conseguiram fazer tudo isso? Músicas fazem milagres com a gente, pelo menos é o que eu acredito.
Entrei no festival e o sol se punha, as cores rosas e laranja se misturavam ao som de Nação Zumbi, as pistas de skate, as filas imensas para comprar comidas e o sorriso no rosto na maioria das pessoas que eu vi... A primeira lembrança ressurgiu das cinzas vendo um cara comendo uma maça que estava de calça jeans e blusa xadrez, lembrei de um primeiro amor, por um carinha mais velho que se vestia assim, me dava moral e chegava atrasado comendo maçã nas reuniões que a gente se encontrava. Achei toda essa situação engraçada, comecei a rir sozinha e resolvi comer a maçã que eu também tinha levado na bolsa ao som de Paralamas.
Paralamas tocando, eu rindo, e o mais legal foi poder cantar "óculos" junto com eles! Poxa nem achava que ia gostar tanto desse show. Depois a tentativa de ir mais para perto do palco, me sentir quase esmagada tentando enfrentar a multidão, e arrumar um lugar horrível grudada na grade e perto de um fluxo de pessoas que queriam passar para o outro lado, foi a única hora que me senti agoniada, mas estava quase morrendo quando um cara muito legal que podia me esmagar igual todas as pessoas, trocou um olhar comigo que durou milésimos de segundos e me entendeu tão bem que acabou fechando a passagem que faziam as pessoas chegar até onde eu estava, fiquei muito feliz e agradecida. Carinha gato que foi gentil, meu muito obrigada para você.
Depois começou o show do Nando Reis, foi frustante, triste. Era o que eu mais queria ver, o que eu sabia que iria me emocionar, o mais importante. E foi muito chato, o Nando me decepcionou, ele foi seco, quase rude. Aquela música que tanto me assustava,  que ia me fazer chorar, lembrar do passado e desejar não estar ali, tocou. All star soou nos meus ouvidos e algo incrível aconteceu, não me senti mal como sempre me sinto, me permite cantar como se tivesse tirando um peso (na verdade uma história) das minhas costas, foi muito libertador!
E para fechar uma etapa e começar outra nada melhor do que terminar Nando Reis e começar Natiruts. E caramba Natiruts na minha opinião foi o melhor show que eu assisti, e assisti-los foi muito simbólico, porque saí da minha fase Nando Reis, melodramática, sofrível, para uma fase que estou vivendo agora, aquela sou mais eu, paz e amor, liberdade para dentro da cabeça que não poderia ser mais bem representada pelo show dos Natiruts! Cantei muito, ri, pulei, gritei e me senti feliz como a muito tempo não me sentia. E como eu disse no começo, os fantasmas retornaram, mas fantasmas nem sempre são ruins. Lembrei da minha viagem para o Chile, de uma balada furreca que fui com amigos e da gente cantando loucamente "Sorri, sou rei" no meio de um monte de chilenos bêbados. Me deu saudade, mas me deixou feliz!
E veio Legião Urbana, lembrei do meu irmão, queria muito que ele estivesse comigo (porque ele é fanático como eu), fiquei pensando na geração coca-cola, em como o tempo passa, as músicas mudam, mas as gerações continuam com os mesmos problemas... Saí político, entra político e a gente se pergunta ainda que país é esse? Não imaginava que veria um show do Legião e foi tão legal poder vê-los (pena que não pude ver, enquanto o Renato era vivo) que não tenho palavras para descrever.
E aí rolou tantos outros shows, lembranças, histórias que palavras não seriam suficientes! João Rock foi incrível e só me deu a certeza que a música move não só eu como uma multidão, e isso é indescritível. 

Tenho que agradecer uma pessoinha (que está na foto) que me convenceu a ir e que comprou meu convite antecipadamente! Miga Japa valeu! Obrigada por me convencer e por ser a amiga que tem tantos gostos parecidos que escolheu os mesmos shows que eu. E falando sobre a foto ela está horrível, sem qualidade (foto de celular), mas representa um pouquinho da minha felicidade e foi por isso que postei!

terça-feira, 24 de maio de 2016

Crises existenciais!


Crises existenciais? Sim, crise existencial! Já teve uma? Acho que todo mundo têm, alguns têm mais constantemente outros são assombrados por esse mal raramente... Eu sou aquela pessoa que dificilmente estou de mal comigo mesmo, porém quando uma crise me pega me derruba tão fortemente que fico semanas mal, e quando digo é mal mesmo, as crises me afundam de uma tal maneira que acho que elas nunca vão passar e me sinto péssima, sem vontade de fazer nada, sem vontade de levantar da cama, sem vontade de viver (dramática, mas é a realidade)... 
Quando converso com as pessoas nessa fase o que elas mais querem é me tirar da fossa, ficam falando coisas motivacionais, falando que é momento e que vai passar e tem até aquele grupo que fala que estou fazendo tempestade no copo de água (eu sei que estou, a começar porque geralmente sou uma pessoa que estou quase sempre de bem com a vida e sei que não tenho sobre o que reclamar dela, ela é sempre muito justa comigo), mas poxa nenhuma dessas pessoas conseguem me tirar da bad com esses argumentos, não funciona e quase sempre me afundam mais ainda! Nesse mundo que vende a felicidade, esquecemos que ficar triste de vez em quando é normal.
Baseado disso resolvi escrever esse texto, para quem está com um amigo na fossa e para quem está na fossa também! Quem sabe você não consegue sair ou ajudar alguém (que tem um temperamento parecido com o meu) a sair da fossa? (Esse texto surgiu porque estive numa crise existencial terrível no mês passado do qual achei que nunca mais conseguiria me livrar, se algum amigo tiver lendo isso, saiba que agora estou bem e muito obrigada pela paciência e por me aguentar por essas 3 semanas intermináveis, eu sei que não foi fácil lidar com o meu humor nos últimos tempos).

Então vamos lá, primeiro vou elencar algumas coisas para gostaria de me lembrar de fazer quando tiver algum amigo em uma crise existencial:

1° Escute: Sim, uma pessoa quando está mal muitas vezes só quer conversar, por para fora todos os sentimentos. Se esse for o caso, escute, não interrompa, não questione muito e nem queria dar lição de moral, simplesmente esteja ali como um bom ouvinte. O contrário pode acontecer também, existem pessoas que não querem falar sobre o que estão passando, então não insista em saber o que está acontecendo, deixe aberto o espaço de acolhimento, mas não force a barra. Não enche a pessoa de perguntas, não seja curioso, o silêncio também é uma forma de ajudar.

2° Não queira dar soluções: Se tem uma coisa que me tira do sério é quando eu quero viver minha bad e alguém acha que pode salvar minha vida... Dê soluções apenas se elas forem pedidas, se a pessoa não te pediu soluções, é porque ela não chegou no estágio de querer resolver os seus conflitos (ok em alguns casos é importante dar um empurrãozinho), mas cuidado o que pode parecer fácil para você pode ser muito difícil para outra pessoa.

3° Sofra a bad junto: Para mim esse é o melhor item e o essencial! No lugar de querer tirar a pessoa da fossa e jogar na cara dela várias coisas, coloca-se no lugar de quem sofre, chore junto se necessário, seja empático e viva a crise e o momento junto com a pessoa (isso não quer dizer que você vai ficar na fossa na sua vida também), isso significa que você vai respeitar o processo do qual quem sofre está passando. 

Agora conselhos que costumo tentar lembrar quando estou tendo alguma crise.

1° Saiba que as bads não são problema são solução: Tudo muito ter esses momentos, tenha consciência que você não tem um problema por estar angustiado, sofrer é humano e por mais incrível que pareça, muitas vezes precisamos desses momentos para se conhecer e crescer. Faça da sua crise algo produtivo (parece idiota), mas sempre tento usar esses momentos para refletir (pensar dói muito) mas pode ser libertador também (se você fizer um bom trabalho).

2° Se permita fugir do mundo: Dê esse tempo para você, esqueça os outros, ser egoísta de vez em quando faz bem para alma. Se enrole no cobertor, deixe a cabeça no travesseiro, durma em posição fetal, se permita achar que é o maior sofredor do mundo, viva sua dor, chore.

3°Autoconhecimento: Depois desse momento, tente descobrir o porque se sente assim, tente perceber o que te aflige, o que você sente, o que angustia... Sabendo essas coisas talvez fique mais fácil sair desse pavoroso momento. Mas também não se cobre muito.

4° Faça coisas do qual você acredita: Aproveite esse momento para fazer coisas que você gosta, que te faz bem, para resgatar coisas que talvez estivessem escondidas, esquecidas. Se permita ler um livro (se você gostar de ler é claro), assistir um filme (se você gostar é claro), fazer o que te diverte! Uma hora você vai perceber que tem coisas muito legais das quais você gosta, mas muitas vezes nem dá o devido valor, se agarre a elas se necessário.

5° Mude: Se permita mudar, mudar coisas que você não gosta na sua vida.

6° Permita: A vida se encarrega de levar a crise embora, mas para isso você tem que permitir, então permita! Lembra que eu disse que toda bad é normal? Todo mundo sente? Que ela é responsável pelo nosso crescimento? Então faça dela um mecanismo de aprendizagem, usufrua dela, mas não deixe ela te fazer um refém. Não negue as coisas que podem te fazer feliz, as coisas não caem do céu também, então não fique esperando que algo ou alguém vai surgir para te fazer feliz, é você que tem que correr atrás disso...

Só para terminar,  isso NÃO é um manual! Nem sei se funcionária para alguém! São apenas coisas que servem para mim e que me ajudaram nos últimos dias (não tem nada de científico), são ideias que escrevi para mim mesma para ler quando outra crise me pegar novamente e que pode ajudar as pessoas que estão passando por uma a refletir sobre esses tópicos.

Aceito dicas e conselhos de outras pessoas que já passaram por isso também...

segunda-feira, 21 de março de 2016

A lista que eu nunca fiz: Projetos 2016


Essa postagem é aquela típica postagem que é mais para mim do que para qualquer outra pessoa. Nunca fui de fazer listas das coisas que pretendo fazer! Na verdade listas me desesperam, sempre tenho crise de ansiedade quando as realizo, mesmo porque na minha vida sempre fui péssima em estabelecer prioridade e mais ainda para cumprir obrigações. Por favor se for me mandar fazer algo, troque a expressão "faça isso" para a frase "você poderia fazer isso?" é bem provável que vou fazer muito mais rápido o que você quer que eu faça, se eu não me sentir pressionada a fazer. Todo esse bláblá sem sentido é para falar o quanto odeio escrever listas, tópicos e o quanto na minha vida inteira nunca consegui ter uma agenda.
Mesmo tendo esse péssimo perfil, resolvi dar uma chance para essa coisa de listas para o próximo ano e reunir coisas que eu sei que preciso fazer em 2016, mas algo me diz que vou procrastinar o ano inteiro evitando fazer. Além dos itens que tenho certeza que vou procrastinar também quero colocar algumas coisas que quero muito fazer e sei que não terei tempo, mas quem sabe né? Todos me dizem que não sabem como consigo fazer tudo que faço em 24 horas... Então espero conseguir continuar executar esse milagre de multiplicação das horas dos meus dias para fazer tudo que planejo para 2016.

Vamos lá, aqui vão 10 itens do que pretendo fazer nesse ano!



1° Fazer alguma atividade física. Tudo mundo coloca isso em suas listas né? Esse não deveria ser o item um da minha, porque certeza que vai ser a primeira atividade que vou sacrificar para ocupar o meu tempo com outras obrigações! ( Quem nunca? hahaha) Maaas desde que comecei a faculdade estou bem sedentária e isso não faz nem um pouco bem para minha saúde. Logo pretendo voltar a fazer natação ou me matricular no ioga (que é gratuito por sinal em minha faculdade), desde que fiz uma aula experimental, gostei bastante e prometi começar fazer.

2° Voltar estudar línguas. Siiim fiz inglês praticamente a vida inteira e ainda me sinto insegura em relação a língua. Queria melhorar minha pronuncia que é horrível e aperfeiçoar vocabulário. Além de inglês queria começar outra coisa, espanhol, francês ou talvez italiano.

3° Ir no médico com uma frequência regular. Eu nunca fico doente, é muito raro e por causa disso acabo me esquecendo que exames de rotina são essenciais. Minha mãe fica louca me xingando, falando que preciso fazer exames de sangue e blábláblá.

4° Usar menos lentes de contato e mais óculos. Pouquíssimas pessoas sabem que eu uso óculos. Mesmo eu sendo uma completa cega ( miopia e astigmatismo, não é para qualquer um), só as pessoas que me conhecem a mais tempo ou que me conhecem muito bem, sabem que uso lentes de contato e óculos. Confesso que fico muito mais tempo com as lentes de contato do que o recomendado, tenho uma paixão por elas, acho muito mais prático, confortável do que os óculos, mas preciso mudar esse hábito para minhas córnias continuarem bonitinhas e saudáveis até eu morrer, logo por mais óculos na cara em 2016.


5° Viajar mais. Queria muito esse ano de 2016 ir para um lugar com muitas cachoeiras. E queria andar de avião com minha família pelo menos uma vez. Nós nunca andamos juntos, as duas vez que andei foi porque fui para congressos e as duas estava apenas com amigos.

6° Realizar/ participar de um novo projeto social do qual ainda não faço parte. Desde que me entendo por gente estou engajada em um projeto social seja na escola, na igreja, com os amigos, na faculdade. Além de manter os quais já participo, queria muito começar algo novo.

7° Atualizar o blog. Acho que essa vai ser a mais difícil de cumprir. Sabe o que mais me impede de postar? As fotografias que ilustram os posts, eu nunca tenho tempo para tirá-las e se tem uma coisa que me incomoda é ter que quebrar a identidade visual do blog colocando fotos tiradas por outras pessoas (sou a louca, problemática que se não fizesse psicologia diria que tem TOC), daí por conta de não ter fotos para ilustrar os posts, acabo não postando...

8° Defender minha monografia e publicar um artigo. O que eu mais quero é conseguir terminar minha pesquisa e escrever um artigo científico com os resultados da mesma que possa ser publicado.

9° Ler mais, sair mais e dormir menos. Esse foi o combo que tentei realizar nos meus finais de semana de 2015 mas foi sem sucesso. Eu li muito pouco, saí até que razoavelmente, mas a maior parte deles hibernei, literalmente. Tenho a besta mania de dormir durante a semana só 4 horas/ 5 horas por noite e utilizar o final de semana para dormir tudo que não dormi. Preciso mudar isso!

10° Tirar carta. Por último mas não menos importante, preciso tirar carta, senão meus pais, minha família e meus amigos vão me deserdar. Acho que meus dias de andar de ônibus estão contados, para o meu desespero e para a grande felicidade da nação. (no caso, meus pais)

Acho que é isso! Tchau 2015 e que venha 2016!

*Esse post é super velho, escrevi em janeiro e por motivos aleatórios ficou no rascunho, falando nisso eu tenho uma mania absurda de escrever mil posts e deixá-los parados no rascunho (sabe-se lá por que...). Voltando ao post, ele não deveria ser publicado já que estamos em meados de março, mas pensando melhor resolvi postar por uma questão simples quero ver no final do ano o que consegui cumprir, porque pelas minhas contas até o presente momento cumpri apenas 2 e meio (se é que posso falar assim) dos itens dessa lista hahaha Alguém adivinha quais? 

quinta-feira, 28 de janeiro de 2016

Reflexões no caminho da Argentina


Aqui estou escrevendo pelo celular, sentada numa cadeira de um aeroporto completamente vazio... meu estado se resume a alguém que está quase 24 horas sem dormir, sozinha e com 26 kg de bagagem, sendo que eu não peso mais que 50 kg, sim  carrego mais da metade do meu peso... Ser uma pessoa compacta nunca foi o meu forte... As vezes a vida nos prega peças, as vezes ela nos presenteia, acho que no meu caso estou mais para a segunda opção! Estou realizando um sonho, um que veio de mansinho e que não imaginei que aconteceria tão rápido na minha vida... Sim vou viajar para fora do Brasil, e diferente do que imaginei vou viajar sozinha e isso é ao mesmo tempo magnifico e também assustador! Queria muito que esse dia chegasse e agora que chegou parece um grande sonho do qual posso acordar a qualquer momento!
Engraçado que quando decidi que iria viajar me lembrei de quando construí esse blog em 2012, nessa época tive que escrever sobre mim para montar a aba "Sobre a autora" do blog e no primeiro parágrafo escrevi exatamente essas palavras (ainda está lá, se alguém quiser conferir):  

"Gosto de um bom par de all star e do vento bagunçando o meu cabelo. Bianca combina com otimismo, simplicidade, família, amigos, sorvete e um bom livro... Amo poder sonhar, quero conhecer o mundo, me inspirar na cultura de outros povos, ajudar as pessoas mais necessitadas."

Bom a Bianca de hoje continua bem parecida com aquela de 2012. Ainda combino com all star e vento no cabelo, continuo gostando de passar o maior tempo com minha família, de curtir a simplicidade, o otimismo (um pouquinho mais do que antes), amo sorvete e um bom livro. Mas diferente daquela época, agora a última frase do parágrafo está acontecendo, o tempo verbal mudou do "quero conhecer" para "estou conhecendo" e o mais louco de tudo isso é que estou conhecendo um pedacinho do mundo, me inspirando com uma nova cultura (saudade arroz, feijão e bife) e também vou ajudar pessoas necessitadas. Sim esses 45 dias que ficarei fora do país (Na Argentina uhuul) estarei fazendo trabalho voluntário com crianças carentes, uni o útil (fazer o bem para outras pessoas, ajudar quem precisa) ao agradável (turistar, conhecer lugares novos, viajar). 
Espero que essa viagem seja tão boa quanto as minhas expectativas sobre ela, nunca imaginei que conseguiria em um só projeto realizar mais de um plano!

Besitos 

P.S: Antes de chegar na Argentina tinha pensado em postar uma foto por dia no instagram como um projeto sabe? 45 dias, 45 fotos, não sei se vou conseguir cumprir, mas se eu registrar aqui talvez me obrigue a cumprir a promessa... @biancamaced0

P.S 2: E sim as fotos durante o tempo que eu ficar aqui vão ficar desformatadas mesmo, nesse tamanho horrível e com resolução de celular porque não trouxe minha câmera (eu sei fui burra, estou arrependida já) e nem o computador que edito minhas fotos.