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sexta-feira, 17 de fevereiro de 2017

Colônia del Sacramento- Uruguai (Em fotos)


Estou tentando arrumar minhas milhares de pastas de fotos nessas férias, confesso que sou a pessoa mais preguiçosa do mundo e não tenho a miníma vontade de organizá-las mais que isso eu queria separar algumas para revelar mas também não é meu forte escolher, porque eu quero revelar todas! Percebi que se eu publico aqui coisas que eu preciso fazer, parece que realmente começo a fazê-las então acho que é por isso que estou escrevendo que vou organizá-las para montar um álbum, quem sabe assim eu realmente não tomo vergonha na cara e faço né? (Depois se eu conseguir posso compartilhar meu álbum por aqui). Mas pois bem, nessa tentativa de arrumação, lembrei de umas fotos de quando eu viajei para Buenos Aires, quando eu fui para lá eu aproveitei que estava pertinho e fui para o Uruguai também pensando nisso resolvi publicar as minhas preferidas do Uruguai, elas são de Colônia Del Sacramento uma cidadezinha com um centro histórico amorzinho, charmosa, que parece que parou no tempo. Ela foi marcada pelas disputas de Portugal e Espanha e por isso tem traços em sua arquitetura dos dois países!











Não dá vontade de morar nesse lugar? Talvez eu ia morrer de tédio e de saudade de Guaraná Antártica e de arroz, mas se me convidassem eu super toparia passar uma temporada de verão por lá. E sabe o que é mais legal? Que eu realizei um sonho, meu professor de história no primeiro colegial falou que o por do sol que morria no Rio da Prata era um dos mais bonitos! E desde aquela época estava na minha listinha de sonhos ver o por do sol no Uruguai morrendo no rio que parece mar, mas juro é rio! E sério foi bem lindão! Fiquei encantada! Eu sei que ficaram mil fotos, mas te garanto que eu fui bem sucinta na seleção!  

quarta-feira, 1 de fevereiro de 2017

O desejo de viajar!


Fiquei pensando esses dias de onde surgiu o desejo de viajar, da onde surgiu essa vontade louca que me domina ultimamente de querer sair conhecendo o mundo... E aí refletindo sobre tudo isso comecei a pensar que devo alguns agradecimentos a pessoas que influenciaram direta e indiretamente o que chamo de "processo de descobrir o que é a arte de viajar". 
Confesso que essa vontade é recente, nunca fui uma adolescente que se interessou pelo assunto, lembro que não cogitei nem um minuto em escolher uma festa de quinze anos no lugar de uma viagem para disney. Todos os meus colegas de ensino médio viajavam para o Estados Unidos nas férias (eu não tinha aquela vontade imensa de hoje para conhecer outros países) e eu não fui em nenhuma excursão que minha escola organizava. Ainda não sei ao certo quando foi que uma luzinha na minha cabeça se iluminou e eu quis desbravar o mundo e hoje agradeço muito por ela ter se acendido. 
Acredito que foi um processo, uma vontade que se iniciou sabe-se lá porque e foi tomando força ao longo dos anos sem que sequer eu percebesse. As vezes fico pensando se sempre tive esse desejo, mas ele estava inconsciente, adormecido, escondido e a vida fez com que o mesmo viesse a tona atualmente ou se simplesmente as experiências e pessoas ao meu redor foram me influenciando e me levando para essa realidade. Seja como for, existiram pessoas que lapidaram esse meu desejo, como se lapida diamantes contribuindo para essa vontade só aumentar. 
Que eu tenho consciência, as duas primeiras pessoas que contribuíram com esse processo foram duas meninas da qual nem conheço que foram numa Semana da Psicologia da qual participei e falaram sobre a experiência delas em ir para África fazer trabalho voluntário, lembro que na época as achei loucas e pensei o que se passava na cabeça de um brasileiro que saia do seu país para ajudar outras pessoas, sendo que aqui no Brasil, na minha própria cidade, mas especificamente no meu bairro tinha uma monte de gente que precisava de ajuda. Mesmo que na época eu não dei a mínima para o que elas falavam, hoje as agradeço, porque quando surgiu a oportunidade de fazer um voluntariado em outro país me lembrei delas e das coisas legais que elas contaram naquele dia.
Outra pessoa importantíssima nessa história foi uma colega que estudou comigo no primeiro ano da faculdade, se chama Carol (nunca mais ouvi sobre ela, não tenho notícias suas e ela mal sabe o quanto foi importante para mim), Carol foi uma pessoa corajosa, ela abandonou o curso de Psicologia na USP em 2014 para fazer um mochilão pelo Brasil e hoje refletindo admiro muito sua atitude. Mas lembro que quando descobri que ela tinha trancado o curso por causa disso, a achei louca, irresponsável, não só eu tive essa reação como vários outros amigos, mas mesmo assim no fundinho lembro de querer ter sua coragem e mais que isso de querer ser louca como ela, dar o foda-se e deixar tudo para trás. A quarta pessoa importante foi minha amiga Amanda da faculdade também, um dia, no começo de 2015, estávamos conversando sobre o ato da Carol e ela disse que jamais se imaginava fazendo aquilo, que ela queria se formar, arrumar um emprego e deixar para viajar nas férias. Parece bobo mas naquela hora uma coisa bateu na minha mente e eu só tive a certeza que não queria ser como a Amanda, fiquei muito confusa porque nessa época eu também não queria ser como a Carol (afinal eu como já disse a achava louca), mas foi a partir dessa conversa que algo se despertou em mim, era como se talvez eu precisasse me descobrir ou se pelo menos a minha opinião sobre a atitude da Carol começasse a mudar.
E eu comecei a me descobrir mesmo, porque no final do semestre de 2015 me inscrevi para apresentar trabalhos científicos em dois congressos em cidades diferentes (acho que foi o jeito que encontrei para viajar). Agora lembrando eu nem sei porque quis ir nos congressos, mas a vontade de ir em um deles foi tão espontânea, não tive nenhuma motivação específica, minha professora orientadora estava na sala dela falando do congresso e eu ouvi, fiquei interessada, entrei no google e resolvi que queria ir, fui perguntar para minha professora se era aberto para qualquer um e ela disse que eu podia apresentar se quisesse, não pensei duas vezes. Importante ressaltar que meus pais foram e ainda são figuras importantes nesse processo, eles nunca viajaram muito, mas sempre me incentivaram a viajar, então acho que eles também entram nessa lista.
Mas voltando a falar das viagens que aconteceram por causa dos congressos, não tem como eu descrever o quanto elas foram importantes para dar aquele empurrãozinho que faltava para eu descobrir que queria muito mesmo viajar. Eu descobri que o Brasil era muito grande, que tinha muita coisa para eu ver e que não queria morrer sem conhecer. 
A sétima pessoa que conheci eu não lembro o nome, participou e palestrou num encontro de educação que eu ajudei a organizar. Fiquei encantada pelo cara, sua palestra foi sobre uma volta pelo mundo que tinha feito e as experiência profissionais que ele adquiriu, lembro dele mostrando as fotos da sua viagem que envolveu desde a Amazônia até a Índia. Eu tinha acabado de chegar de Pirenópolis, tinha acabado de andar de avião pela primeira vez, várias coisas borbulhavam na minha cabeça e poxa ouvir que ele tinha dado uma volta ao mundo e que tinha sido maneiro, já não foi tão assustador quanto ouvir que a Carol ia dar uma volta pelo Brasil, não sei se eu já estava mais acostumada com a ideia, se estava contagiada porque tinha voltado de uma viagem e entendia um pouco o que era a sensação de se entregar a lugares desconhecidos ou se simplesmente me permiti a aceitar aquele ladinho meu que admirava as pessoas que viajavam. Sei que por algum motivo aquela palestra foi um divisor de águas na minha vida, já não tinha preconceito com quem largava tudo para viajar.
A oitava pessoa que contribuiu muito para o processo realmente se expandir foi a Lari, minha amiga também da faculdade, ela estava na AIESEC, e estava numa área responsável por enviar intercambistas para outros países e naquela coisa de precisar cumprir metas, ela me convenceu a ir conhecer um projeto (a Lari era muito marketeira), hoje só tenho agradecer a ela, primeiro por ser marketeira, por me dar ferramentas para algo que eu vinha querendo, mas não sabia como realizar (que era viajar para outro país) e segundo por junto comigo procurar países, projetos, cidades, documentos e me ajudar a concretizar uma viagem do qual nem sabia direito que eu desejava e que realizei. 
A nona pessoa que eu conheci e faz parte dessa história foi um belga que encontrei num hostel do Chile (ele se chamava Nicolas e não sei porque não trocamos contato...). O achei muito parecido comigo em vários aspectos e fazia 7 meses que o menino estava viajando pelo mundo, então pensei se ele pode por que eu não posso também? Me peguei falando, caramba quero ser como o Nicolas. E o milagre aconteceu, porque essa foi a primeira vez que aconteceu o movimento de deixar de simplesmente achar legal aquelas pessoas que viajavam o mundo para querer ser uma dessas pessoas que viajam o mundo. Brinco que faltava aquela tal de identificação sabe? Quando encontrei alguém parecido comigo que fazia isso, percebi que eu podia fazer também, idiota né?
Acho que a décima e não menos importante pessoa foi um personagem chamado Chris de um filme... Alguém aí já assistiu Na Natureza Selvagem? (Fiquei numa bad monstruosa depois de assistir). Lógico que eu diferente dele, não sou tão radical e não conseguiria me imaginar indo para um lugar para ficar completamente sozinha, pessoas são importantes para mim, como podem ver com esse texto. Mas hoje eu consigo entender o que motivava ele a viajar, o que motiva milhares de pessoas a colocar a mochila nas costas e mais que isso, hoje entendo porque o meu eu do passado achava que as pessoas que viajam eram loucas, era porque simplesmente nunca tinha tido a experiência de viajar antes e não sabia o que viajar proporciona para nós meros humanos.
Encerro aqui... Só queria terminar dizendo que esse texto era simplesmente para agradecer as pessoas que fizeram parte desse processo, tem tantas outras que também me ajudaram, me apoiaram e estiveram comigo que eu não citei aqui, mas sou profundamente grata. Valeu pessoas! E agora vamos programar nossa próxima viagem por favor!

sábado, 21 de janeiro de 2017

Viagens: Meu muito obrigada a Jericoacoara (Em fotos)


Em outubro eu fiquei quase 15 dias viajando... Mas Bianca e a faculdade? As viagens aconteceram por causa da faculdade, na verdade foi ela que deu aquele empurrãozinho sabe? Fui em dois congressos, um seguido do outro, na verdade foi uma dobradinha não pré meditada que acabou acontecendo... Um tempo atrás eu descobri que eu poderia utilizar congressos acadêmicos como pretexto para viajar (Se você faz faculdade e nunca foi em um congresso, não perca a oportunidade de ir, eles foram os que mais me ensinaram durante a graduação, além de ser o lugar que te possibilita conhecer os caras fodas especialistas que você costuma ler e estudar na faculdade durante as aulas)... Deixando o pretexto de lado, fiquei uma semana no Rio de Janeiro, no interior (Numa cidadezinha fim de mundo chamada Seropédica que tem a Universidade Federal Rural do Rio de Janeiro), além disso passei 3 dias no Rio de Janeiro (Minha primeira vez por lá) e do Rio fui direto para Fortaleza, em Fortaleza também fiquei uma semana e de lá fiz minhas malas (Meu mochilão na verdade) e aproveitei que estava no nordeste (Minha primeira vez também) para conhecer Canoa Quebrada e Jericoacoara. Conhecer Jericoacoara era um sonho, eu tinha certeza que iria para lá de qualquer jeito, com meus amigos ou não. Por que estou contando tudo isso? Porque Jericoacoara foi muito especial. Meus amigos voltaram de Fortaleza para Ribeirão Preto e eu fiquei em Jericoacoara sozinha. E sabe aquele friozinho na barriga? Pois bem, eu fiquei meses em dúvida se eu adiantava minhas passagens para voltar com os meus amigos ou se eu encarava e ia sozinha mesmo e realizava um sonho... Por fim fui sozinha mesmo e meu Deus foi a melhor coisa que eu fiz na minha vida (Não que eu queria ir sozinha, se meus amigos tivessem comigo eu teria ficado tão feliz quanto) o fato é que não deixei de fazer algo que eu queria muito por falta de companhia e me orgulho muito por ter conseguido.


Jeri foi o primeiro lugar que fui só eu e minha mochila, não tinha ninguém para poder contar, não tinha empresa de viagem e não tinha ninguém me esperando. Era eu por mim mesma, engraçado isso porque quando fui para a Argentina era eu por mim mesma também, não conhecia ninguém e nem sabia onde ia ficar, mas sabe quando as coisas eram diferentes? Tinha alguém me esperando lá mesmo que eu não conhecia, eu tinha um objetivo que era trabalhar em uma ONG e sabia que ia conhecer outros intercambistas que estariam na mesma que eu... Jeri não tinha nada disso! As situações eram diferentes e não consigo me decidir qual que senti mais medo e insegurança... O fato é que se eu não tivesse ido para Argentina certamente não teria coragem de ter ficado em Jeri completamente sozinha, acho que uma experiência levou a outra, ou melhor a Argentina me possibilitou amadurecer o suficiente para conseguir tomar a decisão de ficar sozinha em Jeri.


E sério Jeri é mágica, aquela vila é maravilhosa e tem uma certa magia e energia que é inexplicável, talvez tenha a ver com minha vibe no momento, mas desconfio que todo mundo que estava por lá estava sintonizado na mesma estação que eu. Por mais que tenha ido sozinha não me senti assim em momento nenhum, fiz várias amizades, conheci gente super alto astral, tive conversas filosóficas, treinei meu inglês e me senti rodeada de pessoas good vibes.



Percebi que tem muita mulher que viaja sozinha sim e que quando se encontram elas se unem. Fiquei num hostel muito legal e me senti tão aliviada quando entrei no quarto e vi que iria dividi-lo com 5 meninas com histórias de vida parecidas com a minha e ao mesmo tempo completamente diferentes. Foi instantâneo nos abraçamos como irmãs e não nos desgrudamos mais... Quem via achava que nos conhecíamos de longa data. E foi tão mágico! Nunca vou esquecer do pôr do sol que vimos todas juntas, das risadas, dos crepes franceses que comemos, da Jeri noturna, dos gringos que fizemos amizades, dos banhos de mar e de poder ser quem eu quisesse ser...



Voltei de lá renovada e com a certeza que sou mais forte do que imagino, que posso fazer coisas que dizem que eu não posso e descobri que muitas vezes somos nós mesmos que nos limitamos por medo, insegurança e por não acreditarmos que somos capazes. Por pouco eu não fiz minha mala e voltei com meus amigos, por pouco eu não conheci a Jeri noturna, quase que a insegurança e o medo me venceram e foi tão bom poder me libertar dos dois e dar uma chance para mim mesma...
  


Obrigada Jeri, por me mostrar que posso mochilar e mais que isso por ter feito uma pequena revolução dentro do meu ser! Já quero voltar para você <3

sábado, 10 de dezembro de 2016

Seria uma Fortaleza? (Em fotos)

Fiquei pensando sobre o que postar e não consegui me decidir... As vezes fico pensando que ando falando muito sobre viagens e isso é muito chato, mas aí também acho que estou falando demais da minha vida e também acho sem graça, pensei em escrever outro texto aleatório só que iria ficar repetitivo... Acho que não sei mais sobre que assunto falar. Minhas férias começaram e caramba estou absurdamente feliz, as semanas pesadas ficaram para trás e um alivio me invadiu! Estou olhando para árvore de natal e pensando quando vamos enfeitá-la (sim parece bizarro, mas ela tá montada na sala daqui de casa sem nenhum enfeite e já faz duas semanas), também penso em todas as coisas que falei que vou fazer nas férias e sobre o quanto estou feliz por poder acordar tarde... Junto com isso estou achando engraçado pensar no que será o ano que vem. Enquanto ano que vem não chega e eu não me decido sobre o que escrever, vou parar de enrolar e deixar uma fotos da minha última viagem aqui, queria escrever um texto sobre ela, acho que vou fazer isso, quem sabe eu não posto depois?
As fotos são de Fortaleza e as últimas são de Canoa Quebrada que fica pertinho de Fortaleza, gostei muito e se pudesse ficaria um década por lá <3









quarta-feira, 31 de agosto de 2016

Fotografias de uma San Rafael encantada


Essas duas últimas semanas foram tão corridas que eu não consegui nem respirar, hoje em uma das aulas da faculdade resolvi dar um descanso para mim e respirar profundamente, ignorei tudo que estava ao meu redor... Comecei a refletir sobre a vida (sabe aquelas viagens mentais que as pessoas costumam falar que você está no mundo da lua? Foi exatamente isso). E de repente pensei que se eu pudesse escolher um lugar para estar naquele exato momento seria em San Rafael na Argentina que foi onde passei os piores perrengues e os melhores momentos da minha viagem. Fui acampar em um final de semana no meio das montanhas e das represas de San Rafael e na hora de armarmos a barraca descobrimos que ela estava estragada, não tínhamos onde dormir hahahaha. Passei muito frio, muito mesmo, dormi no meio das pedras, numa imensidão de montanhas/mato, no chão duro, mas ao mesmo tempo nunca vi tantas estrelas na minha vida como vi daqueles dias e também acho que jamais vou esquecer o nascer do sol que presenciei ali. Paz de espirito vem quando a gente menos espera e lá foi um dos lugares que me recordo nitidamente do quanto me senti equilibrada. Depois na hora de ir embora tive que ficar uma madrugada inteira na rodoviária porque não tinha ônibus para voltar para Mendoza, foi literalmente uma loucura! Mas foi intensamente bom e por isso que resolvi compartilhar algumas fotos de um dos finais de semana mais intenso e precioso da minha vida. 







terça-feira, 28 de junho de 2016

Meu amor por Valparaíso-Chile


Acho que de toda minha viagem e de todos os lugares lindos que conheci, que não foram poucos, o que eu me lembro de estar mais feliz foi quando fui para o Chile e conheci uma cidade que li muito mal a respeito e foi  uma das que eu mais curti ir. Valparaíso. Conheci uma Valparaíso (conhecida como Valpo) que pelo jeito poucas pessoas conhecem, porque pelo o que li antes de ir para lá todo mundo gosta mais de Viña del Mar que é uma cidade pertinho (tipo 15 minutos uma da outra). 
E eu preferi mil vezes Valpo do que Viña. São cidades completamente diferentes uma da outra, cada uma tem seu charme, seu estilo, seu público. Viña é imponente, o lado turístico é bem rico, bonito, organizado, perfeitinho e limpo (não se engane, se você sair do turístico, vai encontrar um lugar feio e pobre, talvez seja por isso que eu não me encantei tanto com Viña, eu conheci além do lado bonito o lado triste da cidade, que provavelmente poucas brasileiros conhecem). E Valpo, bom Valpo já é pobre de natureza (modo de dizer), ela não se divide em bonito e feio, ele é uma coisa só (difícil de explicar), é uma cidade portuária, desorganizada e a quem diga até feiosa (tudo é relativo).


O que me encantou em Valpo foi a vida noturna, as pessoas, o ar de cidade artística. Ela é um museu a céu aberto, você respira arte e cultura. Mas o que fazer por lá? Não existe coisas especificas para se fazer, o ideal é andar pelos cerros da cidade, é lá que as coisas acontecem, sabe aquele lugar que o simples fato de andar sem ter para onde ir te possibilita muitas coisas? Valpo é isso! E é algo que curto muito!


Os cerros que mais gostei foram o cerro Alegre e o cerro Concepción que tem as famosas casinhas coloridas e os grafites mais legais. Pelo que andei vendo lá também é o melhor lugar para se hospedar, e aí que também está a grande diferença do meu encantamento, diferente de muitas pessoas eu passei mais de um dia por lá (duas noites), não fiz bate e volta. E acho que isso me deu tempo de me encantar, de conhecer os lugares escondidos. E te garanto quero voltar, porque faltou muita coisa para conhecer.



Algumas coisas que fizeram a diferença é que eu não peguei ascensor (elevadores) para chegar nos cerros, fiz tudo a pé e te garanto é super tranquilo (é como se fosse andar pelas ladeiras de Ouro Preto) e isso me possibilitou conhecer muitas coisas e explorar muitos lugares e a segunda coisa é que eu estava pobre e quando não temos dinheiro acabamos fazendo as coisas por conta própria e nos permitimos conhecer coisas que guias turísticos por exemplo não nos levariam e que se tivéssemos dinheiro não iriamos (tipo comer o que os locais comem, ir nos restaurantes não dos turistas, mas sim nos que os porteños (a galera que mora em Valpo) vão.



Valpo vai me deixar saudade. Fui feliz lá e se você for para o Chile, dê uma chance para Valpo também! É pertinho de Santiago (1h30) e tem ônibus que saí de 15 em 15 minutos do terminal Alameda (eu fui pela empresa turbus). 

quarta-feira, 8 de junho de 2016

Cajón del Maipo- Embalse el Yeso (Chile)


Até hoje eu tento encontrar palavras para descrever o que foi a experiência de ir para o Cajón del Maipo no Embalse el Yeso no Chile pertinho de Santiago. Me senti uma formiguinha, um pontinho no meio do nada e a sensação foi inexplicável. Esse foi o único passei que fiz com guia durante os 47 dias que viajei e se um dia voltar para lá, vou querer ir sozinha por conta própria. Por quê? Achei tudo tão corrido, não sei se foi por causa da empresa que eu fui ou se foi implicância minha (a verdade é que quando você viaja sozinho perde o costume de viajar com guias). Eu queria ficar apreciando o momento, eu queria tirar fotos, eu queria tanta coisa, mas logo eu tinha que entrar na van porque o guia ficava apressando a gente. Mas por mais que eu tenha implicado, indico ir com uma empresa se você não conhece nada (porque não tem sinalização nenhuma).
O passeio durou quase uma tarde, buscaram a gente cedinho as 7 horas da manhã e saímos de lá umas 16 horas (cheguei em Santiago umas 18 horas). Dicas que eu dou é levar um casaco corta vento, porque quando você chega no Embalse, vai estar frio e ventando muito (isso porque fui no verão, imagina no inverno), a segunda dica é levar um lanche porque lá não tem nada, absolutamente nada!

O passeio começou parando numa cidadezinha (tipo uma vila) chamada San José del Maipo onde compramos bebidas e frutas, foi lá perto que paramos também num lugarzinho lindinho para comer empanadas que estava muito gostosas e que eram assadas em forno a lenha.




Depois disso fomos andando, passamos por um túnel muito escuro, quase me deu claustrofobia (isso porque não tenho medo de escuro) dizem as lendas que era um túnel onde se praticava tortura na ditadura chilena por conta de ser isolado de tudo e vetado de som,,, Após essa pequena aventurazinha, a primeira parada foi numa pequena cachoeira que segundo os guias, as águas que caem é água de degelo. Seguimos viagem paramos num lugar onde tinha algumas casas abandonadas que serviram de moradia para trabalhadores na época da construção do Embalse el Yeso, que hoje é a o principal responsável por abastecer a cidade de Santiago.



E depois fomos em direção ao último destino, o enorme e impressionante Embalse! Encantador e foi lá que senti que poxa não somos nada nesse mundão... Uma mistura das cordilheiras, com as águas do Embalse e uma paz inexplicável.



Gosto dessa foto de cima, que mostra as pessoas pequeninhas lá no fundo, dando para ter uma noção do quanto é uma imensidão sem tamanho...




Super recomendo o passeio, se você tiver em Santiago não deixe de fazer,  é mais ou menos 2 horas de viagem e tem várias empresas que fazem o trajeto (procure bem, se informem antes e pesquise preços). Outro detalhe importante, é que dependendo dá época não consegue-se chegar no lugar por conta da neve assim o passeio é recomendado apenas de novembro a maio).